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Mostra em Londres homenageia Sherlock Holmes

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O detetive Sherlock Holmes nunca existiu e, no entanto, recebe cartas no endereço 221B de Baker Street: "O homem que não viveu, mas nunca morrerá", afirma o título da primeira grande exposição ao mito organizada em Londres em mais de 60 anos.

O Museum of London organiza a mostra dedicada ao personagem criado em 1886 pelo escritor sir Arthur Conan Doyle e que já foi protagonista de centenas de filmes, séries de televisão, livros e jogos eletrônicos.

"Seu perfil e 'armas' - cachimbo, lupa e chapéu de caça - são imediatamente reconhecidos em todo o mundo. No reino dos detetives de ficção, Sherlock Holmes é o rei", explicou Alex Werner, curador do Museu de Londres.

Crédito: Robert Viglasky/BBC Os atores Benedict Cumberbatch (à esq., como Sherlock Holmes) e Martin Freeman (como John Watson), na série de TV "Sherlock", exibida no Brasil pelo canal BBC HD
Os atores Benedict Cumberbatch (à esq., como Sherlock Holmes) e Martin Freeman (como John Watson), na série de TV "Sherlock", exibida no Brasil pelo canal BBC HD

A exposição, que ficará aberta até 15 de abril de 2015, está dividida em três partes. A primeira é dedicada à obra e ao legado de Doyle. A segunda apresenta a Londres vitoriana, na qual os becos e a neblina são personagens das histórias de Holmes.

A terceira está dedicada aos objetos do detetive, suas roupas e suas ferramentas de trabalho.

Há dois elementos particularmente notórios: o caderno em que Doyle esboçou o personagem e o sobretudo que o ator britânico Benedict Cumberbatch usou em "Sherlock", a mais recente série de TV dedicada a Holmes.

Quando os visitantes passam por uma "porta secreta" em uma biblioteca falsa na entrada da mostra, ficam imediatamente diante de um mural com imagens das múltiplas adaptações do personagem para o cinema e a televisão.

O Livro Guinness dos Recordes afirma que o detetive é o personagem humano mais retratado na história, à frente de Hamlet e um pouco atrás do "não-humano" Drácula.

"Sherlock Holmes encarna valores universais e atemporais. É tranquilizador em uma sociedade confrontada a mudanças profundas ter um super-herói que resolve nossos problemas de maneira eficaz e sem emoções aparentes. O sucesso da série [de Cumberbatch] mostra que Sherlock Holmes continua sendo muito popular", afirmou uma das curadoras da exposição, Pat Hardy.

Hardy se mostra surpresa, no entanto, com o fato de que muitas pessoas ainda conhecem Holmes primeiro pelos livros de Conan Doyle.

"São histórias bastante curtas e oferecem um acesso fácil à literatura inglesa, sobretudo para um público internacional", disse.

O sucesso estimulou a Conan Doyle Estate, a empresa que administra o legado do escritor, a encomendar outro livro de Sherlock Holmes ao escritor Anthony Horowitz, que chegará às livrarias em 23 de outubro com o título de "Moriarty".

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