Candidato a deputado federal pelo PSC em São Paulo, Dr. Rey resolveu mudar sua plataforma de campanha: prioridade agora é segurança pública, não mais saúde.

Tudo depois que o cirurgião plástico, que apresentava o programa "Dr. Hollywood" (Rede TV!), sofreu um assalto no centro de São Paulo nesta semana, no qual perdeu seu Rolex de R$ 90 mil.

"Eu volto para o Brasil não com a bandeira da saúde em primeiro lugar", disse ao "F5".

No horário eleitoral político, Rey tem poucos segundos e aparece entre outros candidatos curiosos da coligação partidária, como Bin Laden (?!?). Mas o tempo é suficiente par exibir sua impecável franja e dar uma piscadinha após pedir o voto.

Dr. Rey ficou famoso por fazer cirurgias plásticas, principalmente implantes de silicone, em celebridades e socialites de Los Angeles. Muitas delas foram parar no reality show que passou originalmente no canal E!.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, os bens de Dr. Rey somam R$ 16,9 milhões —só a casa nos Estados Unidos está avaliada em R$ 12 milhões.

O que poucos sabem é que o Dr. Hollywood tem até um mestrado de políticas públicas em Harvard. Mesmo assim, um procurador exigiu que Rey provasse que era alfabetizado em português para concorrer —ele foi morar nos Estados Unidos quando tinha 11 anos.

Mas as experiências recentes com a violência fizeram o candidato-celebridade a rever sua plataforma, antes voltada para a saúde.

Entre suas propostas, quer dobrar o salário dos policiais, aumentar o efetivo, melhorar seus equipamentos —mas também quer implementar cirurgias plásticas pelo SUS e reduzir impostos de medicamentos.

Dr. Rey aproveitou ainda para criticar a política no país: "Eu descobri que a campanha brasileira não é uma piada, ela é corrupta". Revelou até que foi vítima de tentativa de compra de votos. "Ele [um rapaz não identificado] disse, 'Dr.Rey a gente tem 10 mil votos para você, são só US$ 5.000."

Vaidoso, Dr. Rey ainda teve tempo para mostrar uma foto e de comparar a um John Kennedy brasileiro.

"Estou trazendo ideias de outros países para cá, os jovens pediram sangue novo nas manifestações, chegou o sangue novo, mas chegou com um pouquinho de sotaque", brinca.