Celebridades

Valesca Popozuda revela que vai gravar clipe inspirado em 'Madame Bovary'

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Vivendo o auge da carreira, Valesca Popozuda tem até versos de funk comparados a textos de Simone de Beauvoir.

A cantora reconhece que suas letras ousadas sobre a sexualidade feminina, como "Mama", mudaram o cenário do funk, mas recusa títulos de "filósofa" ou "revolucionária".

"Fico honrada quando me chamam de 'pensadora' e tal, mas acho um pouco demais. Não sou nada disso, sou uma pessoa normal", explica ela, que no entanto se declara "feminista e com muito orgulho".

"É que eu não tenho papas na língua, não tenho nada pra esconder de ninguém", explica.

"Sou feminista sim, grito com muito orgulho. Luto pela mulher de todas as formas, porque afinal eu sou uma, eu tenho uma mãe e sei o quanto ela sofreu, o quanto ela foi guerreira pra me criar. Mas mais que mulher, mais que mãe, mais que filha, eu luto pela libertação e igualdade das mulheres. Machismo aqui não entra", enuncia.

Valesca, que acaba de gravar um clipe para sua nova música, "Eu Sou a Diva que Você Quer Copiar", já está preparando a próxima faixa de trabalho, "Sou Dessas".

E para o ano que vem, também já tem planos: ela pretende gravar um clipe inspirado no clássico "Madame Bovary", de Gustave Flaubert. Recentemente, Valesca publicou uma foto em seu Instagram em que aparece com o livro, de 1856.

O clássico conta a história de uma mulher adúltera e critica a elite do século 19. Segundo Valesca, o convite para fazer um clipe baseado no tema partiu de alunos da Universidade Federal Fluminense (UFF), que já publicou tese de mestrado baseada em suas músicas.

"As pessoas acham que eu não sei ler, mas eu sei ler muito bem, eu entendo muitas coisas. Eu só não entendo quando eu quero ser burra. Às vezes a gente tem que se fazer de burra pra sobreviver", filosofa ela, que estudou até o terceiro colegial na rede pública e quase se formou no magistério.

Valesca diz ter vontade de voltar a estudar, mas falta tempo. "Beijinho no Ombro" transformou sua agenda em uma das mais lotadas do Brasil, com 6 a 7 shows por semana. "Eu sempre trabalhei muito, mas agora está tudo corrido demais, não paro em casa. Comecei a fazer inglês, mas tive que parar. Mas eu aprendo muito por aí, não preciso estar na escola. A gente só não aprende se não quiser."


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