Príncipe Harry distribui sorrisos em hospital e diz que Brasil vai ganhar de 3 X 1
"Simpaticíssimo", "informal" e "lindo" foram alguns dos elogios que o príncipe Harry, em visita ao Brasil a partir desta segunda-feira (23), arrancou de pacientes e funcionários de um dos hospitais da Rede Sarah em Brasília.
O príncipe da família real britânica chegou ao Brasil de manhã, para uma visita de quatro dias, de onde seguirá para o Chile. Além de Brasília, ele irá a Belo Horizonte, onde vai assistir ao jogo de despedida da já desclassificada seleção inglesa, e São Paulo.
Harry cumpriu a pontualidade britânica à risca: chegou ao hospital às 10h30 e saiu ao meio-dia, como previsto. Nesse intervalo, conversou com pacientes e médicos, tirou fotos, sentou no chão para fazer exercícios com crianças que se reabilitam no Sarah e, ainda, remou no lago Paranoá com alguns pacientes.
"Eu falei 'bem-vindo ao nosso país'. Ele me ajudou a sair do andador para a muleta", conta sorridente Eduarda Oliveira, 8, que nasceu prematura e tem paralisia cerebral. De batom rosa e maquiagem leve, a menina se emocionou com a visita de um príncipe que ela conhecia pela televisão.
Já Caio Sousa, 11, nunca tinha ouvido falar de Harry. Mas ficou bem impressionado com o príncipe que, por cerca de 15 minutos, conversou com ele e outros nove pacientes do hospital que jogavam basquete em cadeira de rodas.
"A gente perguntou se ele queria jogar basquete com a gente e ele disse que ia treinar antes", conta. Caio se trata no hospital há dois anos, depois de ter sofrido um acidente de carro que o deixou paraplégico.
A Rede Sarah é referência, no país, na reabilitação de pacientes com diferentes tipos de comprometimento. O acesso às nove unidades em funcionamento no país é público. Num ano, cerca de 1,5 milhão de pacientes são atendidos no país pela rede.
Durante a visita, Harry quis saber as causas de os pacientes estarem no Sarah, sobre a facilidade de acesso ao hospital e ainda fez brincadeiras. Perguntou a idade a uma paciente de 60 anos que se trata contra a doença de Parkinson e, ouvindo a resposta, perguntou "16?". Também perguntou se essa paciente e um outro estavam em um encontro ("on a date"), ao que a paciente disse que não e apontou para o marido, distante alguns metros deles.
Para fechar a visita, Harry entrou em uma canoa, com um instrutor e um paciente do hospital e deu uma rápida volta no lago Paranoá. Eles, no entanto, não ficaram sozinhos: outra canoa com pacientes, quatro barcos à vela e cinco lanchas acompanharam o passeio real e garantiram a segurança do exercício.
O paciente que dividiu a canoa com Harry foi Israel Lima, 51, que se recupera de um AVC. "Eu tomei água do lago e falei para ele beber também. Mas o professor disse 'não, não!'. Ele se divertiu bastante no pouco espaço de tempo que teve", diz Lima.
Harry remou com a mesma roupa com que fez a visita: calça jeans e camisa social.
Na saída, deu a única frase à imprensa que o acompanhava. Perguntado sobre o placar do jogo do Brasil com Camarões, que ele vai assistir in loco, arriscou: "3 a 1 para o Brasil".
Presidente da Rede Sarah, Lúcia Willadino Braga disse que Harry demonstrou ter conhecimentos sobre o processo de reabilitação, algo que a embaixada do Reino Unido já havia manifestado.
"Ele é simpaticíssimo, super informal. Se interessou muito pelas histórias, pelos pacientes. Ele disse que tinha visto as fotos do hospital, mas que era muito mais bonito pessoalmente", diz ela.
Comentários
Ver todos os comentários