Celebridades

Bruno Chateaubriand diz que vai mandar par de luvas para Carla Vilhena

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Carla Vilhena, 46, e Bruno Chateaubriand, 38, tiveram atitudes opostas com relação à discussão que travaram na segunda-feira no Twitter.

O empresário comentou na rede social a reportagem que a jornalista apresentou no "Fantástico" (Globo) do domingo, na qual falava sobre o casamento do cantor Naldo com a Mulher Moranguinho.

"A Carla Vilhena entrevistando a Moranguinho?", escreveu. "Perfeito! Essa jornalista casou de luvas. Será que a Moranguinho também vai casar de luvas?"

"Na impossibilidade de ser a noiva, restou-lhe implicar com as luvas...", retrucou Vilhena.

A discussão gerou uma verdadeira avalanche de comentários no Twitter, parte dos quais considerou a resposta homofóbica.

Ao "Diário de SP", que tentou falar com a jornalista sobre o assunto, Carla declarou: "Disse tudo o que tinha para falar no Twitter. Não vou mais falar disso".

Enquanto ela adotou o silêncio sobre o caso, o empresário resolveu escrever sobre o assunto em seu blog no site da "Veja Rio".

Crédito: Philippe Lima/AgNews/Paula Giolito/Folhapress A jornalista Carla Vilhena e o empresário Bruno Chateaubriand
A jornalista Carla Vilhena e o empresário Bruno Chateaubriand

Em um texto intitulado "Par de Luvas", Bruno fez um mea-culpa e confessou ter dado início à discussão.

"Estava com amigos e confesso que fui atrevido e mal educado ao me meter na vida pessoal dela, quando soltei a alfinetada de que ela seria perfeita para entrevista, já que a mesma tinha se casado de luvas", escreveu. "Opinião pessoal? Pode ser! Não tenho nada com a vida dela e por isso peço desculpas por ter sido, repito, mal educado."

"Minha mãe, inclusive, já me deu um puxão de orelhas sobre o meu comentário maldoso, mas acrescentou: 'Quem é essa pessoa que pensa que pode falar da sua orientação sexual? Eu fui casada, apenas, sete anos com seu pai e você já está há 15 com o André. Não permita!'", disse.

"Acato qualquer reação, repito, e peço desculpa pelo meu erro", repete ao final do texto. "Agora, comentários típicos de Feliciano, eu não vou aceitar. Homofóbico tem que pensar duas vezes antes de postar uma besteira como essa. Vou até aproveitar essa tarde chuvosa e passar na luvaria Gomes, a mais tradicional de Copacabana, e mandar umas de presente para a repórter, como sinal de desculpas."

Leia abaixo íntegra do texto de Bruno Chateaubriand.



"No último domingo, assistindo ao programa Fantástico, da Rede Globo, me deparei com uma cena que naquele momento me chamou atenção. Vi a jornalista Carla Vilhena, que recentemente foi afastada do "Bom Dia SP", entrevistando a Moranguinho, futura esposa do cantor Naldo. Estava com amigos e confesso que fui atrevido e mal educado ao me meter na vida pessoal dela, quando soltei no Twitter a alfinetada de que ela seria perfeita para entrevista, já que a mesma tinha se casado de luvas. Opinião pessoal? Pode ser! Não tenho nada com a vida dela e por isso peço desculpas por ter sido, repito, mal educado. Diante da repercussão do assunto nas redes sociais na noite de ontem e hoje, venho aqui me retratar. Minha mãe, inclusive, já me deu um puxão de orelhas sobre o meu comentário maldoso, mas acrescentou: "Quem é essa pessoa que pensa que pode falar da sua orientação sexual? Eu fui casada, apenas, sete anos com seu pai e você já está há 15 com o André. Não permita!".

E foi esse "post" que irritou meus amigos, familiares e meu André: "Na impossibilidade de ser a noiva, restou-lhe implicar com as luvas". Talvez, por estar tão atarefada com as matérias, Carla não tenha reparado que vivemos um debate em nossa sociedade sobre os direitos homossexuais, capa da Revista Veja São Paulo dessa semana e motivo de muitas manifestações em todo o país. O Brasil é um lugar muito, muito preconceituoso. Ainda convivemos com a mentalidade de que homens devem se comportar de certa forma e mulheres de outra, como se isso fosse uma regra incontestável. Diariamente morrem assassinados muitos gays, vítimas de homofobia em nosso país. Ano passado, só para ilustrar, fui ameaçado de morte em um restaurante, apenas por ser gay, enquanto estava com o meu marido André Ramos, com quem vivo uma feliz união há mais de uma década. E quando falo de homofobia não me refiro apenas às vítimas homossexuais. Isso porque, em minha concepção, não há necessidade de uma pessoa ser gay para ser alvo de homofobia. Já soube, por exemplo, de casos de irmãos que foram agredidos por expressar publicamente seu amor fraternal. Então, misturar orientação sexual nesse momento, acho, no mínimo, um erro. Ouvi de alguns amigos, que foi uma atitude de reação por parte dela.

Acato qualquer reação, repito, e peço desculpa pelo meu erro. Agora, comentários típicos de Feliciano, eu não vou aceitar. Homofóbico tem que pensar duas vezes antes de postar uma besteira como essa. Vou até aproveitar essa tarde chuvosa e passar na luvaria Gomes, a mais tradicional de Copacabana, e mandar umas de presente para a repórter, como sinal de desculpas."

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