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Obama brinca com opositores e imprensa em jantar com jornalistas

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez brincadeiras com a imprensa, os seus críticos e com ele mesmo no sábado, durante o jantar anual da associação dos jornalistas que cobrem a Casa Branca.

No jantar, que reúne jornalistas, celebridades e a elite de Washington, o presidente, acompanhado da sua mulher, Michelle Obama, provocou os republicanos por não trabalharem com ele na formulação de políticas e fez uma rara referência à última corrida eleitoral.

"Eu sei que os republicanos ainda estão discutindo o que aconteceu em 2012, mas uma coisa com a qual eles todos concordam é que eles precisam trabalhar melhor para alcançar as minorias", disse Obama.

"E olha, podem me chamar de autocentrado, mas eu conheço uma minoria por onde eles podem começar. Oi, podem me considerar um primeiro teste", acrescentou.

Primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos, Obama foi reeleito em novembro com grande apoio das minorias norte-americanas, incluindo negros e hispânicos.

Brincando com sua reeleição, Obama afirmou que ela lhe deu a chance de levar adiante uma agenda mais radical, embora ele tenha envelhecido no trabalho.


"Nestes dias me olho no espelho e preciso admitir que já não sou o socialista, muçulmano, jovem e musculoso que costumava ser", disse em referência a alguns dos atributos que a faixa conservadora mais radical costumava usar contra ele.

Depois mostrou uma montagem de imagens que o mostravam com um corte de cabelo com franja, como o utilizado por sua esposa Michelle no dia do início de seu segundo mandato.

Outros alvos das brincadeiras de Obama foram o multimilionário Sheldon Adelson, que gastou uma fortuna para apoiar Mitt Romney e outros candidatos republicanos na corrida pela presidência no ano passado, as três principais cadeias de notícias a cabo e vários congressistas republicanos.

IMPRENSA
Num salão cheio de jornalistas, o presidente guardou as maiores provocações para a imprensa.

"Eu sei que a CNN sofreu alguns abalos recentemente, mas eu admiro o compromisso deles em cobrir todos os lados, apenas para o caso de um deles estar correto", afirmou, sob aplausos.

Mas Obama terminou sua intervenção em um tom mais sério, elogiando o papel dos meios de comunicação, assim como dos serviços de socorro, durante o recente atentado na maratona de Boston, e a cobertura da explosão de uma fábrica de fertilizantes no Texas.

O jantar anual dos jornalistas, que reúne cerca de 3.000 pessoas em um salão de um hotel de Washington, se tornou um evento de relevância máxima na capital americana.

Nos últimos anos, o que costumava ser uma noite na qual jornalistas, editores e diretores corporativos podiam se encontrar com funcionários de alto escalão do governo se transformou em um espetáculo cheio de celebridades.

O comediante de destaque da noite foi Conan O'Brien, que zombou de políticos americanos e dos meios de comunicação, mas também teve algumas palavras sobre o líder norte-coreano Kim Jong-Un.

"No passado, tivemos inimigos realmente assustadores, como Saddam Hussein e Hitler", disse O'Brien. "Agora, o nosso inimigo é um adolescente rabugento que se veste como Rosie O'Donnell nos Emmys", brincou.

Kim "não entende que não temos medo dele. O que esse cara não percebe é que já temos uma península instável que acabará por derrubar a América. Chama-se Flórida", disse, referindo-se às dores de cabeça eleitorais provenientes deste estado do sul do país.

Entre as estrelas presentes neste ano estavam o rapper sul-coreano Psy, a cantora Barbra Streisand, os atores Bradley Cooper, Michael J. Fox, Kevin Spacey e Michael Douglas, além dos diretores de cinema Steven Spielberg e George Lucas.

A rede de notícias de espetáculo E! transmitiu pela primeira vez a entrada dos convidados pelo tapete vermelho.

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