A atriz Vera Fischer, 60, recusou o rótulo da loira superdesejada pelos homens e afirmou que não desperta mais a luxúria do sexo oposto durante a festa de lançamento da novela "Salve Jorge", na qual viverá uma vilã.

"Os homens não me assediam mais, eles me tratam com muito respeito. Não sei se eles têm medo", disse a ex-miss Brasil, que desfilou pelo evento com um vestido tom de pele ornamentado de paetês.

Vera disse que não falta nada em sua vida pessoal e que não está interessada em encontrar um novo amor. "Não quero, não, dá muito trabalho. A gente tem que se dedicar muito", comentou, enquanto sua assessora trocava a taça de vinho de sua mão por um copo de água.

O hábito de "ficar" também parece não encantar a veterana. "Já fiquei, mas meu corpo é uma coisa tão sagrada, não quero ficar distribuindo por aí. Fui casada dos 19 aos 45 anos, não sinto falta de homem", completou.

PARALELOS

Nos próximos meses, a artista vai se dedicar à trama de Glória Perez, na qual fará parte do núcleo responsável pelo tráfico de pessoas. Vera interpretará Irina, uma gerente de casas noturnas no exterior, que negociará com Lívia (Cláudia Raia) a recepção de meninas para prostituição.

Apesar das cenas pesadas e da preparação pela qual o elenco passou, em contato com vítimas reais, a atriz diz não se sentir pesada ou triste depois das cenas. "A gente não leva o personagem para casa, estou acostumada."

Fora da televisão, Vera se prepara para lançar um livro, previsto para o final deste ano. A obra de ficção, que começou a ser escrita à mão em 2011, contará a história de uma prostituta do Rio de Janeiro e tem como nome provisório "Lucíola".

Apesar da coincidência, sua personagem não tem nenhuma inspiração no romance homônimo de José de Alencar. "É só um nome que gostei. Se tiver problema também, eu troco", disse.

Para 2013, Vera planeja voltar ao teatro, embora ainda não tenha projeto definido, e afirmou não ter nenhuma perspectiva de fazer cinema. "Fiz quatro filmes, filmes trash. Tá bom. Agora é novela e ano que vem é peça. Para que precisa ficar fazendo mais?", retrucou.