Celebridades

"Não me acho um galã; sou um ator", diz Santoro

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Leia íntegra da entrevista com Rodrigo Santoro, que o ex-cafetão Roni Ratono filme "Reis e Ratos", de Mauro Lima.

"Reis e Ratos" aposta em elenco aclamado

Folha - "Reis e Ratos" é um filme de amigos. Opinou na construção do personagem?

Rodrigo Santoro - De alguma forma sim. Para o processo de maquiagem apresentei ideias que eu tinha, como a prótese usada pelo Roni. Trouxe alguns elementos para o cabelo, para a barba que era disforme. Todo o filme foi feito em 17 dias e funcionou como uma espécie de reciclagem. Foi uma parceria bacana.

Você aparecerá meio repugnante no filme. Não se preocupa com a imagem de galã?

Eu não me acho um galã, sou um ator, mas não olho essa imagem que fazem de mim de forma negativa, não procuro fugir dela. Quando contei ao meu dentista que faria um cara viciado em anfetamina, ele me disse que a primeira coisa que eu tinha a fazer para a composição do personagem era apodrecer os dentes. Comprei a ideia imediatamente e fizemos a prótese em 10 dias.

Como foi atuar num filme de um grupo de amigos, em pouco tempo e com orçamento reduzido?

Tivemos que fazer um voto de desapego, esquecer as vaidades, os padrões. E nós nos propusemos deixar tudo isso de lado e fazer o trabalho com verdade. O Roni Rato foi uma grande oportunidade de mergulhar nesse espírito, de brincar, se soltar, ser livre.

O ano de 2012 começa movimentado para você, com vários filmes sendo lançados...

Fiz três filmes fora e três aqui. No caso de "Heleno" queria fazer um personagem que tivesse uma trajetória. Estou falando dos meus valores, das minhas referências. Não é puramente ideologia e sim uma necessidade, não quero parar de ter contato com isso.

"Heleno" será lançado em março. Como se saiu como produtor?

Eu gostei muito, mas foi meio massivo. Fazer o Heleno me exigiu muito, existiam coisas que eu precisava fazer como ator, mas também era o produtor e esse outro lado também me exigia coisas. Passei a respeitar e a entender o outro lado. Foi difícil em alguns momentos, chegou uma hora em que foi preciso dizer: agora preciso focar no trabalho de ator. A questão da captação também é difícil, complicada. O Eike Batista foi nosso último parceiro, sem ele não teríamos conseguido captar para esse filme.

Além dos longas que serão lançados, você tem novos projetos para este ano?

Tem coisas no ar que precisam se definir. Na tevê estamos pensando em alguns episódios de "Homem de Bem" e projetos de algumas coisas mais curtas.

Seu olhar continua voltado para o mercado de Hollywood?

Não trabalho com essa meta definida. Quanto mais se planeja e idealiza, mas a gente se frustra. A vida tem sua dinâmica. Nunca pensei em fazer filme lá fora, talvez em algum lugar do inconsciente tenha desejado isso, mas as coisas foram acontecendo. Levei um tempo para entender todo esse processo, gosto de degustar, não gosto de pular etapas, gosto de ir pouco a pouco. Sou sempre muito honesto comigo mesmo. Tento escutar o que está acontecendo, hoje tenho mais oportunidades.

Qual é a sua meta?

Tudo tem um caminho, eu não tinha a meta de ir para lá. Até hoje estar lá é uma grande aventura. Aquilo ali é uma máquina, uma estrutura muito engenhosa, produz cinema para todo mundo. É complicado penetrar, se mostrar. Tem toda a coisa do estereótipo, é passo a passo.

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