De luto, filha de hipopótamo Teteia faz greve de fome por 2 dias
Por dois dias, o hipopótamo fêmea Sininho, 10, quase não saiu da água e se recusou a comer.
Hipopótamo Tetéia morre no zoológico de SP aos 53
Ela está de luto por conta da morte de sua mãe Teteia, 53, a matriarca de uma família extensa de hipopótamos e um dos animais mais antigos do Zoológico de São Paulo --chegou em 1964 ao local.
Funcionários do zoo dizem que já esperavam a perda súbita de apetite da filha, que acompanhou o procedimento de eutanásia aplicado em Teteia na sexta-feira (5).
A despedida encerrou meses de agonia. Nesse tempo, a pequena viu a mãe sofrer de complicações como insuficiência renal crônica, anemia, artrose nas patas, problemas odontológicos e úlceras.
O veterinário-chefe do zoo, Rodrigo Lopez, diz que a ideia era fazer com que ela percebesse que a mãe tinha morrido, o que poderia ser melhor do que ter a surpresa de não encontrá-la mais. "A gente sabia que ela ia sentir."
Agora, Sininho já dá sinais de recuperação. No domingo, a comida que tinha sido rejeitada na noite anterior já não estava mais lá. Na segunda, comeu toda a ração. Também é vista em passeios noturnos.
"Ela ainda não está 100%, mas aos poucos vai retomando a rotina", diz Ana Maria Beresca, bióloga do setor de mamíferos do zoológico.
Se o apetite já foi resolvido, ainda tem o problema da falta de companhia. Da família de dez irmãos, apenas Sininho vivia com a mãe no recinto.
O zoo estuda a possibilidade de ampliar o lugar e fazer com que Sininho passe a morar com seu sobrinho Pororó, que vive no Zoo Safári.
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