Passarinhos ganham baratas para comer no Instituto Butantan
Os passarinhos que visitam o Instituto Butantan já sabem que a comida não está na lanchonete e sim na porta do laboratório de artrópodes.
No local vivem milhares de baratas, usadas como alimento para escorpiões, aranhas e para as aves que passam por ali.
O lanchinho da tarde é fornecido pela diretora do laboratório de artrópodes, Irene Knysak que leva as baratinhas em uma bacia e as joga na grama.
Segundo ela, os passarinhos já ficaram mal acostumados e só de vê-la já aparecem na porta.
"Eles já acostumaram, eu coloco o pé aqui fora e eles começam a piar. Eles me cobram."
O ritual de alimentar os passarinhos fez com que Irene reconheça cada animal a história daqueles que passam por ali.
"Tem uma mãe [da espécie Sabiá Laranjeira] com os filhotinhos que quando me vê sair, ela vêm até a porta. Daí eu coloco a comida lá e ela vem buscar e dá na boquinha."
"Outro fica esperando no pilarzinho, a mulher dele está lá na frente e ele que vai buscar, enquanto ela fica no ninho."
Irene brinca que comer baratinhas é melhor para os passarinhos. "É mais saudável que migalha de pão".
BARATAS
Mais de 15 mil baratas moram no Instituto Butantan. Elas são criadas para alimentar as aranhas e escorpiões que são estudadas no local.
Lá é possível encontrar mais dezenas de espécies de baratas, algumas bem mais simpáticas que aquelas encontradas em casa.
As baratas de Madagáscar, por exemplo, são listradinhas e mais dóceis. Além disso, não exalam tanto feromônio e até fazem sons parecidos com o de uma cigarra.
Segundo a bióloga Rosana Martins, fora do cativeiro, uma barata pode viver até dois anos e meio.
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