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Passarinhos ganham baratas para comer no Instituto Butantan

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Os passarinhos que visitam o Instituto Butantan já sabem que a comida não está na lanchonete e sim na porta do laboratório de artrópodes.

No local vivem milhares de baratas, usadas como alimento para escorpiões, aranhas e para as aves que passam por ali.

O lanchinho da tarde é fornecido pela diretora do laboratório de artrópodes, Irene Knysak que leva as baratinhas em uma bacia e as joga na grama.

Crédito: Alessandro Shinoda/Folhapress Passarinho faz lanchinho da tarde no Instituto Butantan
Passarinho faz lanchinho da tarde no Instituto Butantan

Segundo ela, os passarinhos já ficaram mal acostumados e só de vê-la já aparecem na porta.

"Eles já acostumaram, eu coloco o pé aqui fora e eles começam a piar. Eles me cobram."

O ritual de alimentar os passarinhos fez com que Irene reconheça cada animal a história daqueles que passam por ali.

"Tem uma mãe [da espécie Sabiá Laranjeira] com os filhotinhos que quando me vê sair, ela vêm até a porta. Daí eu coloco a comida lá e ela vem buscar e dá na boquinha."

Crédito: Alessandro Shinoda/Folhapress Sabiá-laranjeira se alimenta de baratinhas
Sabiá-laranjeira se alimenta de baratinhas

"Outro fica esperando no pilarzinho, a mulher dele está lá na frente e ele que vai buscar, enquanto ela fica no ninho."

Irene brinca que comer baratinhas é melhor para os passarinhos. "É mais saudável que migalha de pão".

BARATAS

Mais de 15 mil baratas moram no Instituto Butantan. Elas são criadas para alimentar as aranhas e escorpiões que são estudadas no local.

Lá é possível encontrar mais dezenas de espécies de baratas, algumas bem mais simpáticas que aquelas encontradas em casa.

As baratas de Madagáscar, por exemplo, são listradinhas e mais dóceis. Além disso, não exalam tanto feromônio e até fazem sons parecidos com o de uma cigarra.

Segundo a bióloga Rosana Martins, fora do cativeiro, uma barata pode viver até dois anos e meio.

Crédito: Alessandro Shinoda/Folhapress As menos asquerosas baratas de Madagáscar
As menos asquerosas baratas de Madagáscar

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