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X de Sexo vira coluna semanal e volta a ser publicada no site F5

Textos serão assinados pela escritora e cartunista Bruna Maia, que em sua estreia falará sobre o apreço das mulheres por nudes, papos safados e pelo sexo sem compromisso

Um mulher ruiva de vestido vermelho aparece sentada com os braços cruzados no colo em um ambiente com um quadro vermelho ao fundo e sofá também vermelho
Bruna Maia: 'As mulheres merecem um sexo melhor do que este que os homens andam oferecendo' - Gabriel Cabral / Folhapress
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Rio de Janeiro

Ele está de volta. Publicado na Folha de 2013 a 2021, o blog X de Sexo retorna com novidades ao F5, site de entretenimento e cultura pop do jornal. Agora em formato de coluna e com periodicidade semanal, sua reestreia será nesta sexta-feira (2) sob o comando da escritora, cartunista, artista plástica, jornalista e praticante de sexo casual Bruna Maia.

Nascida no Rio Grande do Sul, em 1986, Bruna é autora dos livros "Parece que Piorou" e "Com Todo Meu Rancor" e será a primeira pessoa a dispensar o uso de pseudônimo para assinar os textos do X de Sexo (https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/). Antes dela, escreveram, pela ordem: Ana e Lia (ago.2013 a ago.2014), Diana e Rebeca (ago. 2014 a fev.2016), Karla (uma rapidinha, 3 meses em 2016), e Carmen (abr.2016 a nov.2021), com a colaboração de Dolores.

Desde sua primeira versão, a página tem como marca a forma bem humorada e despudorada de falar sobre assuntos ligados aos relacionamentos e à sexualidade, a partir das experiências reais de seus criadores e da colaboração dos leitores.

Foi o desafio de discutir questões íntimas e segredos de alcova sem amarras e sem caretice que levou a Folha a abrir uma exceção à sua regra durante esses anos, permitindo aos autores do blog que mantivessem sua verdadeira identidade sob segredo. Objetivo: deixá-los à vontade para escrever sobre assuntos que ainda são tabu. Bruna garante que não está nem aí para isso e vai na contramão do raciocínio "me exponho, logo posso ficar constrangida".

"O desconforto para mim é zero. Meus relacionamentos são muito baseados em sexo, e falo sobre a minha intimidade direto nas redes", conta. Ela, no entanto, admite estar revendo algumas prioridades. "Ando numa fase em que penso um pouco antes de sair com alguém porque se o sexo não for bom, prefiro ficar em casa. Eu me viro sozinha e é sempre ótimo", provoca.

A coluna de estreia, aliás, será sobre o seu apreço (e o de amigas, colegas, e das mulheres em geral, segundo sua própria percepção) por papos safados, nudes, e também pelo sexo sem compromisso. Transar por transar, realizando fetiches e fantasias. "A gente gosta de putaria pesada", resume a colunista, que, por outro lado, aponta um abismo entre a teoria e a prática, o querer e o receber.

"As mulheres merecem um sexo melhor do que o que os homens andam oferecendo", assegura, baseada nas suas experiências e no "DataBruna": relatos, anônimos ou não, que colhe em um formulário postado em suas redes. Será por meio deles que a colunista trará o universo LGBTQIA+ para seus textos, com assuntos, questões e experiências relacionadas a outras orientações sexuais. "Sou hétero, mas vou dialogar com os trans, as pessoas não binárias, homossexuais, assexuais, todos", afirma.

Uma de suas próximas colunas será sobre a inabilidade dos homens no sexo oral e o quanto as lésbicas têm a ensiná-los. Bruna encara o sexo como extremamente falocêntrico (um dos motivos para a ignorância macha em relação ao clitóris) e promete textos com "pegada feminista", sem que isso seja feito de maneira acadêmica, panfletária ou muito "cabeça". "Vou falar sobre o desejo das pessoas com essa abordagem para tornar tudo mais prazeroso para os dois lados."

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