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Bolsonaro vira palhaço maligno em novo vídeo do criador de 'As Panteras do Lula'

Em 'It - O Coiso', presidente tenta atrair jovem gay para bueiro com promessas; confira teaser

Bolsonaro vira Pennywise em vídeo de Zel Junior
Bolsonaro vira palhaço assassino em vídeo de Zel Junior - Reprodução
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São Paulo

Voltando de uma balada sozinho, um jovem gay ouve uma música de Pabllo Vittar tocando. Ele estranha que o som vem de dentro de um bueiro. Ao se aproximar, vê um palhaço vestido de verde e amarelo que tenta convencê-lo a entrar no bueiro com falsas promessas. "Tem até um exército de homens com próteses penianas e muito viagra", atiça.

A cena faz parte de "It - O Coiso", nova produção de Zel Junior, 25, criador de conteúdo mais conhecido pelo vídeo "As Panteras do Lula", que viralizou em março e novamente no começo deste mês. Nesta sexta-feira (28), às 17h, ele lança seu novo projeto, que imagina como seriam os filmes de Hollywood se a ação ocorresse no Brasil.

Nessa primeira leva, ele também brinca com o filme "Meninas Malvadas", com uma versão na qual a personagem Regina George é uma ativista de redes sociais, que milita por likes. A ideia é que mais paródias do tipo sejam lançadas nos próximos meses.

Só no YouTube, o maior sucesso do criador de conteúdo tem mais de 2 milhões de visualizações, além de outros tantos milhões de reproduções em redes sociais e aplicativos de mensagem, onde as sátiras do morador da zona leste de São Paulo bombaram.

Ele não esconde que sua versão do palhaço assassino do filme "It - A Coisa" (2017) foi inspirado em Jair Bolsnaro (PL), candidato à reeleição. "Quando eu estava escrevendo, eu pensava no que tentaria me levar para o esgoto, então a gente retrata o Pennywise como o atual presidente", conta o ator, diretor, roteirista, produtor, editor e até maquiador ao F5.

"Tudo o que eu faço sempre tem o lado político e a crítica social", afirma. "Mas já tem muita gente fazendo outros tipos de conteúdo, então, para conseguir fazer com que as pessoas consumam política, tem que ter uma camada grande de entretenimento. Não pode parecer que tem política ali, sabe?"

Ele conta que, até viralizar, tinha dificuldade de divulgar seus conteúdos, que costumam colocar personagens LGBTQIA+ como protagonistas, como "Gay x Crente" e "Fiquei com um Bolsominion". "Eu comecei a fazer vídeos justamente porque queria assistir algumas coisas e não tinha pessoas trans, gays nenhuma letra da sigla sendo protagonistas, sabe?", diz.

"Eu assistia um filme de ação e não me via ali, não me sentia representado porque era sempre uns caras héteros lutando por poder", comenta. "Eu queria ver uma travesti, um gay lutando. Então eu mesmo comecei a fazer. Para mim e para a comunidade."

Autodidata, Zel diz que isso têm rendido frutos para ele, que começou a ajudar em casa aos 14 anos sendo garçom em uma padaria e atualmente tira seu sustento das redes sociais e de outros trabalhos com vídeo. "'As Panteras do Lula' mudou a minha vida e a de quase todas as pessoas à minha volta", comemora. "Consegui muito trabalho e tenho sido convidado para dirigir e editar muita coisa. Acabei de dirigir um clipe do Chico César."

Para o futuro, ele diz que gostaria de fazer uma série para alguma plataforma de streaming, mas não pretende ficar parado esperando acontecer. "Eu vou fazer o meu caminho, nunca gostei de depender de outras pessoas", conta. "Não gosto de esperar, vou continuar criando meu conteúdo e trazendo visibilidade para o que eu faço, criando minha audiência, para que um dia as coisas mais fáceis."

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