Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Você viu?

Mistério no Etna: Polícia encontra corpo de homem em caverna do vulcão

Restos mortais podem ser de jornalista que desapareceu nos anos 1970

Vulcão Etna é o mais alto e o mais ativo da Europa - Antonio Parrinello -19.fev.2021/Reuters
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A polícia italiana encontrou na noite de terça (9) os restos mortais de um homem em uma caverna no vulcão Etna, na Sicília. Segundo reportagem do The Guardian, os policiais investigam se o corpo é de um jornalista italiano que desapareceu há mais de 50 anos.

De acordo com informações preliminares, o homem teria em torno de 50 anos, 1,70 metro de altura e "malformações congênitas no nariz e na boca". Ele teria morrido entre os anos 1970 e início da década de 1990.

Ele vestia roupas elegantes —gravata preta, camisa listrada, calças compridas escuras e um suéter de lã. Também foram encontrados com ele um chapéu de lã e uma capa de chuva verde, além de várias moedas antigas de lira (o euro entrou em vigor na Itália em 2002), um relógio Omega com a pulseira de tecido congelada, um pente em uma caixa e sapatos.

O corpo foi encontrado durante um exercício de treinamento na região. "A área é muito isolada, vamos periodicamente para fazer nosso treinamento", disse o tenente-coronel Massimiliano Pacetto ao The Guardian. "Foi graças ao cão farejador que os restos mortais foram encontrados."

A imprensa italiana apelidou o misterioso caso de "o homem do Etna". "No momento todas as teorias são válidas e nada está sendo excluído", disse Pacetto.

De acordo com ele, a caverna em que foi os restos mortais foram descobertos é muito difícil de acessar, o que indica que o homem pode não ter conseguido sair depois de entrar —mas não é possível deduzir se ele ingressou no local por vontade própria ou foi forçado. Não há sinais de que ele sofreu uma morte violenta, segundo apontam as investigações iniciais.

Desde que o corpo foi encontrado, a polícia afirma ter recebido várias ligações de pessoas sobre o caso. Uma delas é da filha de Mauro De Mauro, jornalista investigativo que desapareceu em Palermo em 1970 aos 49 anos.

O corpo dele nunca foi encontrado. Franca De Mauro, segundo o The Guardian, procurou a polícia após ler que os restos mortais encontrados apresentam malformações na boca e no nariz, algo semelhante ao seu pai que teve ferimentos no rosto durante a Segunda Guerra.

Na época do desaparecimento de Mauro De Mauro, uma das linhas de investigação era a de que ele tinha sido sequestrado e morto pela máfia italiana.

"De Mauro é uma das teorias que estamos investigando, e também outras pessoas que estão desaparecidas por motivos que podem estar ligados à criminalidade", disse Pacetto ao The Guardian. "Mas, repito, nada nesta fase está sendo excluído."

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem