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Filhos usam obituário para expor abandono da mãe: 'O mundo é um lugar melhor sem ela'

Jornal dos EUA excluiu publicação de seu site após protesto de leitores

Recorte de obituário que se tornou viral nos EUA por expor traição e abandono de mulher
Recorte de obituário que se tornou viral nos EUA por expor traição e abandono de mulher - Reprodução/ Twitter
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São Paulo

Um obituário publicado em um jornal de Minnessota, nos Estados Unidos, provocou polêmica e se tornou viral nas redes sociais nos últimos dias por expor o ressentimento de um casal de irmãos que teria sido abandonado pela mãe há mais de 50 anos. “O mundo é um lugar melhor sem ela”, afirma o texto. 

O anúncio de falecimento foi publicado no jornal Redwood Falls Gazette pelos irmãos Gina e Jay, e começa contando que Kathleen Dehmlow nasceu em março de 1938 e se casou com Dennis Dehmlow 19 anos depois, tendo dois filhos desse relacionamento: Gina e Jay. 

Só a partir do terceiro parágrafo o anúncio foge da normalidade dos obituários, que costumam exaltar grandes feitos da pessoa. “Em 1962 ela engravidou do irmão de seu marido, Lyle Dehmlow, e se mudou para a Califórnia. Ela abandonou seus filhos, Gina e Jay, que foram criados por seus pais, em Clements, sr. e sra. Joseph Schunk”. 

O ressentimento dos irmãos fica ainda mais claro no quinto e último parágrafo: “Morreu em 31 de maio de 2018, em Springfield, e vai agora enfrentar julgamento. Ela não fará falta para Gina e Jay, e eles acreditam que o mundo é um lugar melhor sem ela”.

Após a repercussão do texto e o protesto de alguns leitores, que o classificaram como "de mal gosto", o jornal removeu a publicação de seu site, segundo a agência Associated Press. 

O Washington Post afirmou que não conseguiu localizar os irmãos para comentar a publicação. Um parente, porém, afirmou ao jornal Minnessora Star Tribune que as alegações do obituário são verdadeiras, mas que há mais na história. 

“As pessoas geralmente não falam mal dos mortos”, afirmou ao Washington Post a especialista em obituários Susan Soper, que criou uma ferramenta para que as pessoas façam o seu próprio. “Mas há vários obituários que foram muito honestos e verdadeiros sobre a mágoa que alguém causou —ou sobre os erros que cometeram”, ressalta. 

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