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Televisão

Adriana Birolli diz que público gosta de vilão com humor: 'Torcer sem culpa'

Atriz retorna a 'Império' como Amanda após ser Maria Marta na 1ª fase

Adriana Birolli J.R. Duran

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São Paulo

Assim como tem acontecido com vários artistas, Adriana Birolli, 34, está tendo a oportunidade de rever parte da trajetória da carreira com as reprises de novela. “Império” (Globo, 2014-2015) é a terceira trama com a atriz no elenco a retornar à telinha. E desta vez é em dose dupla.

Intérprete de Maria Marta Medeiros na primeira fase, a atriz voltou à trama, nesta segunda-feira (31), como Amanda, sobrinha de sua personagem inicial —hoje vivida por Lilia Cabral—, e que compartilha com ela uma espécie de vilania amenizada.

"Público gosta de vilã, adora ver a gente aprontar", diz a atriz, em tom de brincadeira. "Na verdade, ele [público] gosta de mocinha, de torcer pelo casal de mocinhos, mas também gosta de vilão, principalmente com essa pegada divertida. Não matei ninguém [risos]. Uma vilania com comédia dá para torcer sem culpa."

Amanda chegou à mansão de José Alfredo (Alexandre Nero) a convite de Maria Marta, numa tentativa da matriarca de desestabilizar o casamento do primogênito, José Pedro (Caio Blat), com Danielle (Maria Ribeiro).

Birolli diz que não estava previsto seu retorno à trama na época da exibição original, mas que foi maravilhoso, apesar de ter achado difícil assimilar a troca de personagem. "Lembro que, na prova de roupa, achei [Amanda] muito parecida com Maria Marta. Pensei: ‘Meu Deus, como vai ficar isso?”.

“Mas, no primeiro dia de gravação de Amanda, a personagem nasceu. Com acessório e figurino, eu fiquei mais segura. Lembro até hoje da chegada dela, ao som de "Hoje", de Ludmilla. Foi ótima. Nosso trabalho é coletivo, não para na interpretação, tudo é somado.”

Apesar da insegurança inicial, Birolli avalia que a troca de personagem foi bastante natural: “Primeiro era anos 1980, com roupas daquela época, cabelão natural, depois virei uma garota, não uma mulher, uma garota descolada, louca para aprontar, em outra época da vida.”

“Império” é a terceira novela de Birolli a ser reprisada pela Globo desde o início da pandemia, em março de 2020. Ela já pôde acompanhar “Totalmente Demais” (2015-2016), na faixa das 19h, e “Fina Estampa” (2011-2012), na faixa das 21h.

Para a atriz, a única vantagem da pandemia é rever seus trabalhos, em casa e com calma. “É muito legal ver aquela coragem de não saber o que vai acontecer, uma ingenuidade e falta de noção. Não de forma pejorativa, mas de não saber como será”, avalia.

Com 15 anos de televisão, a última novela de Birolli foi “Jazabel” (Record, 2019). Perguntada sobre o trabalho que esse tipo de produção demanda, ela afirma: “Sim, dá muito trabalho, mas gosto de trabalhar. Tenho saudade do set de gravações, tive uma única diária de gravação nesse tempo todo. A gente se coça de saudade.”

PANDEMIA E ARTE

Apesar de seguir a todo vapor na telinha, Adriana Birolli continua com vários projetos parados devido à pandemia. Na verdade, ela afirma haver muita conversa e negociação, além de projetos híbridos, mas também muita incerteza.

“Tem pauta de teatro sendo negociado, tem pauta de cinema sendo negociada, mas para quando? Vai levar muito tempo ainda para todos sermos vacinados, não sinto segurança para trabalhar plenamente. Mas já tem bastante coisa sendo estudada.”

Projetos alternativos ajudaram Birolli a se manter ativa mesmo na pandemia. Ela estrelou a peça “Herói às Avessas”, ao lado do ator Alexandre Contini e com a direção de Diogo Camargos. Desenvolveu tamabém o projeto Casona House, em sua casa, no qual utiliza alguns espaços como cenário para peças, leituras e festas.

Nascida em Curitiba, Birolli mora há 14 anos no Rio de Janeiro e afirma que seus únicos “passeios” têm sido farmácia e mercado. Na pandemia, a saudade da família foi amenizada em duas passagens que ela fez pela capital paranaense, ambas a trabalho, e em uma visita de parentes à capital fluminense.

Sem comorbidades, a atriz ainda não foi vacinada e diz que após tanto tempo em casa já passou por todos os tipos de sentimentos. "Mas o mais difícil é entender, enxergar que não precisávamos estar vivendo isso. [A vacinação] poderia estar adiantada, temos um ótimo sistema de vacinação, mas erros foram cometidos."

“Esse é o pior, o sentimento do todo. De que as únicas pessoas que podem fazer algo para resolver decepcionaram, e a população está pagando de todas as formas possíveis. Famílias perdendo entes queridos, como recuperar disso? De todas as emoções que podemos ter, a maior é ver o outro sofrendo, nada se compara."

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