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Saiba mais sobre os gatos americanos que se revezam na pele de León, de 'O Sétimo Guardião'

Os felinos são tratados com mordomias nos estúdios da Globo

Eduardo Moscovis é a forma humana do misterioso gato León
Eduardo Moscovis é a forma humana do misterioso gato León - Fabiano Battaglin/Gshow
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Cris Veronez
Rio de Janeiro

Pépe, Lucky, Nix e Peg são irmãos e vieram dos Estados Unidos em abril para integrarem o elenco de "O Sétimo Guardião", novela das 21h da Globo. Agora, com quase um ano de idade, eles se revezam para "interpretar" oi gato León, protagonista da história de Aguinaldo Silva. 

Se a produção marca o retorno do autor ao gênero do realismo fantástico, crava também a estreia do fofo quarteto de bichanos na TV. Parecidos com minipanteras, os gatos da raça Bombay, que chegam a custar US$ 700 (R$ 2.700) no exterior, foram escolhidos por serem ágeis, espertos e, principalmente, por terem o pelo curto, uma das características necessárias para a aplicação dos efeitos especiais. 

"Não escolhemos gatos brasileiros justamente por causa da questão do tamanho dos pelos”, conta a produtora de arte, Mirica Vianna. Além disso, o fato de eles serem irmãos deu à equipe uma maior garantia de que ficariam semelhantes quando crescidos. 

O resultado parece ter dado certo. Com seu olhar penetrante, León virou sucesso nas redes sociais logo no primeiro capítulo da trama. O bichano misterioso vivia com Egídio (Antonio Calloni), o guardião-mor da fonte com propriedades curativas e rejuvenescedoras da novela. O gato é o responsável por unir cada vez amis os destinos de Gabriel (Bruno Gagliasso) e Luz (Marina Ruy Barbosa), personagem com quem mantenha uma forte relação. 

Aguinaldo Silva sai em defesa do animal, que ainda hoje é considerado símbolo de azar por muitas pessoas e até mesmo maltratado. "Isso é conversa. Gato preto é lindo. Resolvi colocar um gato preto na novela, com uma participação importantíssima na história. Se, quando acabar a novela, todas as pessoas amarem gato preto, estarei feliz da vida.”

Como todo bom dono de gato sabe, é quase impossível forçá-lo a alguma coisa. Ele também não é adestrável, como os cachorros. Daí a necessidade de (ao menos) quatro bichanos para que a produção de "O Sétimo Guardião" pudesse, a partir de estímulos como petiscos (escondidos por trás das câmeras), executar as cenas.

Durante meses o auto, Aguinaldo Silva, acompanhou o crescimento dos animais de perto. Mas, além do quarteto, a equipe precisou ainda criar um robô (para imagens estáticas) e uma versão virtual, capaz de criar sequências mais arriscadas (como a que mostra o bichano pulando por telhados da cidade de Serro Azul).

"A versão virtual do animal levou um semestre para ser concluída e contou com a contribuição de parceiros internacionais. Para o dia a dia, teremos seis animadores dedicados a esse projeto. O trabalho é tão minucioso que cada profissional entrega 30 segundos de animação por mês”, conta Fernando Alonso, gerente de operações de tecnologia da Globo. 

Mesmo com os recursos da computação gráfica e a ajuda de um robô, Pépe, Lucky, Nix e Peg compõem 70% das cenas. Os bichos vivem sob cuidados constantes de veterinários e são cercados de mordomias e tratamento especial, como um camarim exclusivo dentro do estúdio, onde comem, brincam e fazem suas necessidades. Em áreas específicas da cidade cenográficas, local com o qual já criaram intimidade, costumam ficam soltos.

“Quando eles estão gravando, a gente pede mais silêncio, então ninguém fala alto. Se o estúdio estiver muito frio, pedimos para aumentar um pouco a temperatura. Temos todos os cuidados necessários. Além disso, é importante que os gatos sejam revezados para não ficarem cansados”, afirma Vianna.

E é por isso que León tem quatro intérpretes. "Cada um deles tem um temperamento. Tem um que é mais manhoso, outro mais agitado... Levamos isso em conta na hora de escolher as cenas que cada um deles vai gravar”, completa a produtora.
 
Segundo Aguinaldo Silva, a atriz Marina Ruy Barbosa–que já possui quatro gatos adotados– deve ficar com um dos animais que dão vida a León quando a novela acabar. “Querem que eu fique com o gato principal. Mas não quero. Eu vivo viajando, fica difícil”, diz o auttor.

Além de não parar em casa, o autor da novela afirma também que “não tem mais idade para isso”. "Meu último gato morreu aos 14 anos. Aí não quis ter outros. Me apego demais. Ele se chamava Jorge Tadeu por causa do personagem de ‘Pedra Sobre Pedra’”, conta, saudoso.

Marina, que convive com os animais de "O Sétimo Guardião", última trama das sete da emissora, já possui um favorito: Lucky. De qualquer forma, os quatro têm livre acesso ao colo de todo o elenco.

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