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Análise: Conflito entre quartos repete dramaturgia de "BBBs" anteriores

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Dizem que a forma como você dorme diz muito sobre a sua personalidade. Se a tese ainda não foi completamente comprovada pela ciência, no "Big Brother Brasil", pelo menos, ela ganha ares de verdade absoluta.

Só que dentro do reality show, importa menos a posição e mais o quarto que você escolheu para dormir. Na atual edição, do jeito que as coisas estão se configurando, o grande conflito será entre os habitantes dos quartos "selva" e "praia".

As diferenças vão além da decoração. No "quarto selva" --o das paredes que imitam folhas e colchas com estampas de peles de animais-- Monique, Rafa, Renata, Ronaldo e Yuri acordaram cedo para o jogo.

A combinação de votos os fez ficar com vantagem numérica (se considerados os aliados João Carvalho e Laisa, esta última com a relação estremecida após as idas e vindas do namoro com Yuri), mas até agora eles só conseguiram se livrar de competidores que não ganharam muito a simpatia do público, como a baiana Jakeline, considerada infantil e mimada.

Enquanto isso, no "quarto praia" --o dos espelhos enfeitados com conchas e bichos de pelúcia em formato de golfinhos e estrelas do mar-- Jonas tenta encabeçar um contra-ataque com Fabiana, Fael e Kelly. João Maurício já disse que não quer participar.

Embora alguns participantes ainda tenham um pé atrás com relação à combinação de votos, se eles conseguirem mesmo se organizar, devem despachar para casa com grande porcentagem de votos os cabeças do quarto adversário.

Apesar de todo mundo saber que se trata de um jogo, o público não costuma perdoar a combinação de votos. A não ser que seja, como no caso do "quarto praia", para se defender.

RECURSO

No fundo, a divisão dos participantes em quartos foi um recurso usado pela direção do programa para apressar o surgimento desse tipo de divisão. Isso já vem sendo usado, com maior ou menor sucesso, há algum tempo.

O caso em que isso ficou mais visível foi o do "BBB9", no qual um muro dividia os lados A e B da casa, um com todo o conforto e outro mais parecido com um "puxadinho".

Mesmo depois de a parede ter sido retirada, a divisão entre os dois lados jamais desapareceu, o que definiu os votos de um lado ao outro até o final do jogo.

Em outras edições, as rivalidades também apareceram, como no caso dos Superpobrinhos contra a Turma do Boco ("BBB4"), dos Oprimidos versus os Fortões ("BBB5") e do Triângulo em oposição ao Pentágono ("BBB7").

Com menos de um mês de competição, os participantes, por mais que achem o contrário, se conhecem muito pouco. É natural que, na falta de outros critérios de afinidade, eles se aliem a quem está mais próximo.

O único erro do quarto Selva foi ter usado isso tão abertamente e tão rápido, como se ninguém nunca tivesse assistido a uma edição anterior.

Rafa, que já suspeita que a movimentação pode não estar sendo bem interpretada fora da casa, já pediu para ser testado no paredão. Caso saia, acredita, é porque a estratégia deles está errada aos olhos do público. E ele não poderia estar mais certo.

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