Maria ignora críticas pós-BBB e fala em empreender: 'Não quero me limitar'
Segura de si, artista conversa sobre perfil no OnlyFans, torcida no reality e carreira
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Vitória Nascimento Câmara, 21, mais conhecida pelo nome artístico Maria, foi eleita a favorita de muitos espectadores quando anunciada para a 22ª edição do Big Brother Brasil (Globo). A cantora e atriz, que integrou o grupo Camarote, protagonizou diversos momentos icônicos do programa –inclusive quando foi desclassificada por descumprir uma das regras do reality, ao agredir Natália em um Jogo da Discórdia.
Em entrevista ao F5, ela desmistifica o que ocorreu naquele momento: uma consequência da dinâmica estressante do programa e de problemas de saúde. A carioca foi diagnosticada com hipotireoidismo em 2020, um distúrbio que pode levar a sintomas como mudanças radicais de humor, cansaço excessivo e irritabilidade.
"Comecei a me tratar em cima da hora [de entrada no programa]. Então não deu tempo de cuidar. Lá dentro, eles me deram todo o suporte, mas a dinâmica do programa não facilita na melhora dos sintomas, porque não tem uma dieta, uma rotina", conta ela à reportagem. "Houve uma semana da Xepa em que a gente passou muita fome. [...] Isso vai mexendo com a tireoide".
Felizmente, desde que saiu da casa, Maria voltou ao tratamento do distúrbio e já tem notado melhoras em seu humor e corpo. Próxima dos amigos, ela agora tem mais tempo para cuidar de si e diz que as críticas em relação ao momento da eliminação não a tem afetado.
"Me chocou mais ter sido cancelada por outros momentos, do que na semana da desclassificação", diz. "Descobri que as pessoas acham que a internet é terra de ninguém, se sentem seguras para falar o que quiserem por trás de uma tela. Mas o que mais me entristece é a postura de artistas e figuras públicas, porque acho que elas se perdem comentando. O telhado de todo mundo é de vidro, e acho que elas têm que ter mais cuidado com as palavras".
Questionada sobre o assunto, ela disse que algumas celebridades "acompanham a hype" da opinião pública para ganhar visibilidade, e que "pessoas que nunca vi na vida aproveitaram o momento também para levantar pautas e inventarem coisas a meu respeito", como por exemplo, que ela seria uma pessoa péssima para trabalhar nos bastidores. "Isso me impressionou muito, mas consigo entender que faz parte de me expor. Não levo isso para o meu coração. Estou acostumada com os altos e baixos da mídia".
Contrariando boatos, Maria também disse que nunca perdeu nada nem teve que pagar qualquer multa pela sua expulsão no reality. "Meu contrato continuou igual aos de outros participantes", disse. E no único mês em que permaneceu na casa, ela acredita que viveu tudo o que gostaria, sendo coerente com seus valores e honesta com seus erros. "Sou muito tranquila com a minha participação no programa, minhas qualidades e defeitos. Fui eu mesma e não faria nada diferente".
Ela se sentiu tão à vontade consigo mesma no programa que não hesitou ao assumir sua sexualidade. A artista beijou Linn da Quebrada, deu selinho triplo em Natália e Rodrigo, e foi para o edredom com Eliezer –e não vê isso nem como promiscuidade nem como empoderamento. "É algo que faz parte de mim, mas não me reduzo a isso".
Inclusive, Maria tem um perfil no serviço de conteúdo próprio por assinatura OnlyFans, que usa para complementar sua renda financeira. "Fui criticada pelo perfil, mas a verdade é que a indústria sempre usou e explorou de todas as formas o corpo feminino, então decidi ter autonomia sobre meu próprio corpo e lucrar com ele, de uma forma que eu posso controlar", diz. "Encaro isso como trabalho: é como se fosse uma publicidade ou um trabalho na TV de cunho mais sexual".
Ainda falando sobre liberdade e relações, ela declarou que atualmente está solteira, principalmente porque evita se relacionar amorosamente com fãs e pessoas que a veem como figura pública –o que fica muito mais difícil após a visibilidade do BBB. "Eu continuo solteira e procurando novos horizontes", disse. "Sou atacante, camisa 10, tomando cuidado com o meio de canto", brincou.
Desde que tinha 3 anos e vivia na Cidade Alta, zona norte do Rio, Maria –naquela época, Vitória– queria ser artista. Mas o caminho não foi tão simples. Na adolescência, a carioca disse ter tido "a consciência de que eu não tinha as condições financeiras para investir e me arriscar nessa carreira".
Por volta dos 14 anos, foi atrás de cursos para ser jovem aprendiz, e pensou em estudar para ser professora ou seguir outras profissões. "Se eu fizesse faculdade de alguma coisa, acho que seria voltada para educação. Gosto muito de aprender e passar conhecimento". Mas o destino quis que Maria entrasse mesmo na música, e logo após essa fase ela ganhou notoriedade por seu trabalho com o grupo Poesia Acústica, permitindo que ela mergulhasse no sonho da arte.
Hoje, ela diz se permitir participar de qualquer setor artístico e diz ter projetos surgindo, embora seja cedo para anunciar novidades. Cantora, compositora e atriz, ela gosta de estar à frente de projetos, e não descarta explorar, futuramente, sua veia de empreendedora. "Não gosto de me limitar. Já pensei [em lançar uma marca], mas achei que era muito cedo", diz. "Este vai ser um ano de muitos passos e conquistas".
Maria é o nome artístico de Vitória, mas também é uma persona já quase intrínseca à artista. "O nome Maria é que me escolheu. Sempre usei ‘Maria Vitória’ nas redes sociais, porque não me identificava com meus sobrenomes. Mais velha, quando surgiram as oportunidades da carreira artística, optei por usar só Maria para criar uma separação entre a ‘Vitória’ da vida pessoal e a "Maria" persona do mundo artístico", diz.
"Maria é um nome muito simples, antigo, universal e atemporal. Ele funciona em qualquer lugar do mundo. É um nome que carrega muita força e representa o feminino. É um nome de identificação, por ser muito comum –qualquer mulher pode se identificar de alguma forma. E há as questões em relação à religião e minhas devoções", explica.
E continua: "A Maria pode ser tudo o que a Vitória não pôde ser durante a vida. Ela é a Vitória potencializada, tudo o que ela poderia exaltar de qualidades, artes, possibilidades, que ela não poderia fazer enquanto pessoa comum".
No BBB, ela foi mais Vitória que Maria. Mas confessa que essa Vitória também permitiu que sua fanbase crescesse, junto ao carinho que recebe. Segundo ela, no BBB as pessoas finalmente puderam conhecê-la a fundo, sem filtros ou personagens. "Muita gente se identificou", conta.
A ex-BBB admite que não acompanha o reality do qual participou o tempo todo por causa de sua rotina, mas assiste a ele sempre que consegue. Para ela, ainda existe uma estranheza em assistir do lado de fora.
Sua torcida continua para Linn da Quebrada –e também para que Vyni consiga se mostrar mais no jogo. Já o provável pódio final, segundo ela, é muito incerto e muda a cada semana. "É difícil se manter firme durante todo o jogo", diz. "Acho que pode ser o Arthur ainda, e os meninos têm bastante força. Mas ainda tem muita água para rolar".
Por fim, Eliezer, quem ela define como amigo e com quem ela acredita ter tido uma relação saudável, parece ter errado em ser "muito permissivo" e ter poucos limites, segundo a opinião da artista.
"Aqui fora, vamos ver o que vamos fazer. Vamos conversar. Não estou muito feliz com as atitudes dele lá dentro, em relação ao jogo e às pessoas. Mas tenho um carinho muito grande pelo que a gente conseguiu criar lá dentro". Apesar do comentário, ela não demonstrou grande interesse em continuar a parte amorosa do relacionamento: "Não estou muito focada".
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