Anitta desacelera para viver ao máximo, mas ainda quer levar funk a gringos
'Eu tenho muito orgulho de ser uma mulher que veio da favela e por ser funkeira'
'Eu tenho muito orgulho de ser uma mulher que veio da favela e por ser funkeira'
Independente das opiniões controversas que costuma provocar, Anitta, 28, é definitivamente uma das brasileiras mais reconhecidas ao redor do mundo. Pudera: com dezenas de parcerias internacionais, canções tocando nas rádios constantemente e novidades a todo o momento, é difícil permanecer longe do imaginário dos ouvintes.
Mas nos últimos meses, depois de alcançar suas principais metas profissionais, a “Girl from Rio” tem procurado focar mais em si. “Estou tentando viver o máximo que eu posso. Depois de 10 anos de muito trabalho, eu cheguei a um lugar em que posso me dar algumas pausas”, contou Anitta em entrevista ao F5.
Em 2019, a cantora já havia anunciado que pretendia desacelerar a carreira no ano seguinte, tanto pela pressão de “envelhecer” no mercado, quanto pela sua paixão por negócios. Em 2020, foram menos de dez lançamentos de músicas, contra quase 30 do ano anterior. Ainda assim, Anitta esteve em alta nas rádios, especialmente pelo hit em parceria com Cardi B, “Me Gusta”, e a canção com Luísa Sonza e Pabllo Vittar, “Modo Turbo”.
Atualmente, a cantora serve de inspiração para centenas de outros músicos brasileiros, que normalmente respondem o nome de Anitta, sem pensar duas vezes, ao serem questionados sobre a parceria dos sonhos. “Eu fico lisonjeada e feliz ouvindo isso. São anos construindo uma carreira, e ouvir isso me deixa muito orgulhosa”, diz Anitta.
A cantora também é a maior vitrine musical brasileira para o exterior --e procura sempre aumentar essa visibilidade com feats internacionais. Nos últimos meses, ela lançou duas músicas em italiano com Fred de Palma, e alcançou a 10ª posição das paradas do Spotify na França com "Mon Soleil", parceria com o cantor Dadju.
Antes disso, ela já acumulava um currículo de músicas em inglês e espanhol com Cardi B, Madonna, Akon, Snoop Dogg, J Balvin, Maluma, Becky G, Diplo, Alesso, Iggy Azalea, Rita Ora e tantos outros, além de um show no Réveillon da Times Square deste ano.
“Eu adoro experimentar novos idiomas e aprender coisas novas. A conexão com outros povos e culturas me fascina. Sou muito grata por poder cantar com artistas de outras línguas que eu admiro tanto”, afirma, acrescentando que as parcerias musicais a aproximam de outros artistas e públicos.
O trabalho extenso já rendeu à Anitta seis indicações ao Grammy Latino, além de um reconhecimento como personalidade essencial para a aceitação do funk brasileiro dentro da categoria de "música urbana" da premiação. No site do Grammy Awards, ela também foi mencionada como “rainha do pop brasileiro”.
“Eu tenho muito orgulho de ser uma mulher que veio da favela e por ser funkeira, acima de tudo. Essa é uma bandeira e uma causa que sempre estiveram próximos a mim. Eu fico muito feliz do funk ser reconhecido mundialmente. O que eu puder continuar fazendo para levar o funk para todos os lugares, eu farei”, diz.
Se não houver mudanças na agenda, Anitta lançará seu quinto álbum musical em breve --a previsão de estreia é outubro, segundo revelou ela em entrevista recente à Billboard nos Estados Unidos. Com o nome de “Girl from Rio”, o mesmo da única faixa já divulgada, o disco será o seu grande trabalho de 2021, preparado com “muito carinho e muito amor”.
A cantora sempre defendeu sua vontade de expandir o funk a nível mundial e, por isso, optou por explorar diferentes ritmos brasileiros neste novo trabalho, mas com todas as letras em inglês e partes em espanhol.
“‘Girl From Rio’, para mim, é um álbum que traz toda a essência do Brasil nos ritmos, nos visuais, na essência. Nele tem funk, forró, pagodão baiano, ritmos brasileiros... Um projeto feito por uma mulher brasileira para o mundo."
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