Música

França investiga rapper que ficou conhecido por vídeo que diz 'enforquem os brancos'

O YouTube retirou clipe do ar por conta de seu discursos de ódio

Nick Conrad, que divulgou vídeo com a frase ‘enforquem os brancos’
Nick Conrad, que divulgou vídeo com a frase ‘enforquem os brancos’ - Reprodução
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Ingrid Melander Emmanuel Jarry
Paris
Reuters

A Procuradoria de Paris iniciou nesta quarta-feira (26) uma investigação sobre um rapper francês pouco conhecido que foi alçado à fama nas redes sociais com um vídeo chamado “Enforquem os brancos”.

#NickConrad se tornou um dos principais assuntos do Twitter na França nesta quarta, depois que políticos repudiaram o vídeo. O YouTube também disse ter retirado o clipe do ar por violar sua política contra discursos de ódio.

O vídeo mostra o rapper, que é negro, interpretando a canção enquanto anda por um subúrbio à noite, e inclui uma cena na qual ele aponta uma pistola a um homem branco rastejando no chão e depois o agride. A letra conclama o ouvinte a matar pessoas brancas e seus filhos com um refrão que diz “Enforquem os branquelos”.

Embora o YouTube tenha apagado o vídeo original, ele foi reproduzido por outros sites.

“Condeno totalmente estas palavras abjetas e estes ataques ignominiosos”, disse o ministro do Interior, Gérard Collomb, no Twitter, acrescentando que sua pasta trabalhará para remover o conteúdo da internet.

O grupo antirracismo Licra disse que “este clamor racista de assassinato é abjeto e inacreditavelmente violento.”

A líder de extrema-direita Marine Le Pen disse que o vídeo mostrou existir um “racismo anti-branco” na França.

O inquérito da Procuradoria se baseia em uma parte de uma lei de 1881 sobre a liberdade de imprensa que diz respeito ao incitamento ao assassinato e ao ódio com base em raça ou religião, disse uma fonte judicial.

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem