Música

'Sempre que eu canto, choro', diz Zé Felipe sobre música em homenagem ao pai, Leonardo

O cantor Zé Felipe
O cantor Zé Felipe - Divulgação


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Filho do cantor Leonardo, Zé Felipe presta homenagem ao pai com a canção "Na Mesma Estrada", que dá nome ao seu primeiro DVD ao vivo, lançado há cerca de dois meses. Aos 19 anos, ele se vê como um artista que já conseguiu sair da sombra do pai, mas sem negar suas raízes.

"Sempre que eu canto, eu choro. É uma música forte. Fiz para mostrar minha gratidão a ele e à música sertaneja, que foi o que o tirou das plantações de tomate para ser o cantor mais popular do país", afirma Zé, que diz cantá-la somente quando há muitas famílias na plateia. 

O público de Zé Felipe é majoritariamente formado por adolescentes. Por isso, em seus shows, ele prefere cantar um sertanejo mais animado, que flerta com o pop e o funk. Essa mistura é a marca do seu novo trabalho e, segundo Zé, é o que ele ouve e o que sempre quis cantar, mas não o fez antes por medo.

"Em doses homeopáticas, fui fazendo o que eu sempre quis e acho que finalmente encontrei o meu estilo", diz Zé, que comemora o sucesso de "Você não Vale Nada", parceria com o funkeiro Menor que chegou ao Top 10 das paradas brasileiras. 

Além do sertanejo, ele diz ser ouvinte de funk e pop. "Só escuto isso. A galera hoje quer música para dançar, se divertir. Acima de tudo, música boa. Mas sem letra difícil. O povo quer cantar a música no chuveiro para esquecer da vida, que já é difícil. Tem que ter refrão fácil e beat bom."

MUDANÇA DE ESTILO

Bem diferente do começo da carreira, quando usava "looks" sóbrios e era meio envergonhado, Zé Felipe recebeu a reportagem do "F5" com um abraço caloroso e vestindo uma camiseta da Gucci e uma calça da Adidas, roupas que lembram muito o figurino de Anitta e Pabllo Vittar, das quais ele se diz um admirador.

"Pabllo é mais homem que muito homem. Chegou chegando, dizendo a que veio e merece todo o sucesso que está fazendo. Da mesma forma que Anitta, que conseguiu deixar a cultura latina mais integrada com o Brasil. Isso é confiança!"

A gratidão a Anitta pela inserção do reggaeton no Brasil não é à toa. Muito em breve, mas ainda sem data definida, Zé deve lançar um clipe do seu remix de "Súbeme la Radio", single de Enrique Iglesias, em parceria com o angolano Anselmo Ralph, sucesso em Portugal. O vídeo foi gravado em setembro em Cuba, nas mesmas locações do clipe original.

"Estava de folga em Miami e me chamaram correndo pra Cuba. Só acreditei quando acabou e eu pensei 'nossa, gravei com o Iglesias', lembra Zé, que foi muito bem recebido por lá. "Os cubanos são um povo muito festeiro, tipo nordestino, sabe? Eu adorei!"

A única coisa que não mudou do começo da carreira para cá é a surpresa de Zé com o assédio das fãs. Eram pelo menos meia dúzia delas de plantão por horas na porta do prédio em que o "F5" conversou com o cantor. 

"O artista não pode ser arroz de festa, mas tem que estar o mais perto possível do público. Até porque é legal ver as pessoas admirando seu trabalho", diz Zé, com um largo sorriso no rosto. "Se eu me acostumar com isso fica chato, né? Pode não. O dia em que eu me acostumar acho que paro de cantar."


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