Prostitutas holandesas querem mesmos benefícios de jogadores de futebol na aposentadoria
As prostitutas holandesas querem ter os mesmos planos de aposentadoria que os jogadores de futebol profissionais, porque também fazem um "trabalho físico difícil", disse sua advogada nesta terça-feira (17).
"Jogadores e prostitutas fazem um trabalho físico difícil, que não podem fazer durante toda a vida", disse Wil Post, advogada da Freya, uma empresa que quer explorar o mercado da prostituição na cidade de Utrecht, no centro da Holanda.
"Os homens preferem as mulheres jovens: sempre chega uma idade em que as prostitutas não têm mais trabalho", disse Post à agência de notícias AFP.
A advogada pediu que o fisco holandês conceda às suas clientes as mesmas condições fiscais dos jogadores, que podem economizar um limite máximo de 5 mil euros mensais para a sua aposentadoria livres de impostos.
"Às vezes, uma prostituta leva dez anos tentando deixar o ofício, mas fica presa por não ter dinheiro", acrescentou Post.
A receita holandesa não confirmou o recebimento da solicitação, alegando confidencialidade.
A Freya, empresa que pretende explorar os espaços de prostituição em Utrecht, é dirigida por uma prostituta. Esses espaços foram fechados em abril quando a cidade retirou a licença da empresa que tinha a concessão por suspeitas de tráfico de pessoas.
A prostituição adulta voluntária e a exploração da atividade são consideradas legais na Holanda desde 2000, desde que não haja coerção.
As prostitutas que trabalham para empresas como a Freya têm um contrato de trabalho, uma assistência social, seguro desemprego e uma pensão de aposentadoria do Estado, geralmente muito baixa.
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