Uma exposição na biblioteca Franklin Delano Roosevelt, em Nova York, nos EUA, mostra o que uma das primeiras-damas mais emblemáticas do país carregava em sua carteira.

Além de cartões e papéis interessantes, incluindo uma carteirinha de sócia do museu Metropolitan e um trecho de um poema sobre a importância de cozinhar bem, o que mais chama atenção dos visitantes é um documento de porte de arma.

Eleanor Roosevelt era uma turista ávida. Primeira-dama dos EUA entre 1933 e 1945, ela viajava longas distâncias a serviço de projetos sociais aos quais se dedicou durante e depois do mandato do marido Franklin Delano Roosevelt.

Foi a determinação de Eleanor a dirigir seu próprio carro que a levou a ter o porte de arma. O Serviço Secreto insistiu para que a primeira-dama tive um agente de segurança, uma escolta policial ou pelo menos um chauffeur, mas ela recusou. Para tranquilizá-los, topou andar com uma pistola.

O argumento de que mulheres deveriam andar armadas para se protegerem não era muito popular nas décadas de 30 e 40.

Laura Browder, autora do livro: "Her Best Shot: Women and Guns in America" (algo como "Seu melhor tiro: mulheres e armas na América") diz que no início do século XX, campanhas incentivavam que mulheres andassem armadas para a segurança pessoal.

Mas o tema desapareceu na metade do século e só foi ressurgir nos anos 80 -- o que fazia de Eleanor uma primeira-dama independente e vanguardista.

Quando pegou a arma pela primeira vez, Eleanor disse à imprensa que era razoavelmente boa de tiro. Em 1972, dez anos após a morte dela, uma reportagem reuniu depoimentos de conhecidos da primeira-dama, que garantiram que ela costumava carregar o documento de porte, mas não a pistola.