Mulheres traem mais no Brasil, diz dono de site de infidelidade
Em "Avenida Brasil", o mulherengo do elenco é Cadinho. Foi ele que durante a trama se desdobrou para levar casos fora do casamento.
Mas na realidade, quem lidera o ranking de puladas de cerca são as "Cadinhas".
Isso de acordo com Noel Biderman, 39, fundador do site "Ashley Madison", site de namoro para pessoas casadas que chegou ao Brasil em 2011.
"O nosso sucesso no Brasil é por causa do apetite feminino. A porcentagem de mulheres cadastradas no país foi maior do que em qualquer outro país", disse ele ao "F5".
Para ele, o grande sucesso se deve porque as mulheres brasileiras "ganham bem, têm educação de qualidade, são politizadas. Então por quê elas ficariam frustradas em um casamento? Elas também querem encontrar algum jeito de encontrar felicidade".
Segundo os dados de Biderman, as mulheres que mais traem são as que têm entre 20 e 30 anos e ainda não tem filhos. Para ele, tanto elas quanto os homens têm casos extra-conjugais porque não querem acabar o casamento.
"As pessoas têm um caso porque elas não querem simplesmente deixar seu casamento. Elas podem ter filhos com a outra pessoa, ou uma vida boa em casa ou por motivos econômicos. O caso funciona como um curativo."
Fundador do primeiro site voltado para casais que querem ser infiéis no casamento, Biderman foi criticado em programas de TV logo que fundou o empreendimento, em 2009.
Entre as críticas, a imprensa americana rotulava-o como um destruidor de lares por seus anúncios polêmicos. Um dos mais conhecidos, por exemplo, diz: "A vida é curta, tenha um caso".
"Com o tempo, as pessoas perceberam que nós na verdade temos tanta informações sobre infidelidade. Quando perceberam que temos informações robustas, fez com que as pessoas finalmente queiram sentar e conversar sobre a sociologia por trás disso tudo", contou.
No Brasil, a discussão ainda está no começo. De acordo com a coluna de Lauro Jardim, a Globo proibiu os anúncios em sua programação, mesmo de madrugada. Por enquanto, só a Record e Band vão exibir as propagandas.
Em sua defesa, Biderman explica que, se alguém quiser ter um caso, não dá para culpar um anúncio na TV.
"Se minha mulher me traísse, eu não culparia meu site ou qualquer objeto inanimado. Não culparia seu telefone por ela ter usado-o para ligar para um amante. O problema seria meu e dela e a culpa seria 50% minha".
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