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Zapping - Cristina Padiglione
Descrição de chapéu jornalismo mídia

Globo pega carona em helicóptero do Exército e doa custo do voo a vítimas de São Sebastião

Fantástico mostra também o tombo do repórter Maurício Ferraz na lama da Vila do Sahy, onde chegou com aeronave

O repórter Maurício Ferraz em helicóptero
O repórter da Globo Maurício Ferraz sobrevoa a região da tragédia causada pelas chuvas em São Sebastião em helicóptero do Exército - Reprodução Globo
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São Paulo

Durante a extensa cobertura jornalística da Globo à tragédia que deixou pelo menos 65 mortos na região de São Sebastião, a equipe do Fantástico chegou a pegar carona em um helicóptero do Exército, saindo do centro do município até a Vila do Sahy, região mais afetada pelas chuvas do último fim de semana.

O repórter Maurício Ferraz anunciou que estava sobrevoando a região na aeronave, que foi mostrada também no momento do pouso e da mobilização pelo resgate de vítimas. Pouco depois, ao registrar imagens do estrago e buscar sobreviventes para relatar as perdas, o jornalista chegou a escorregar no lamaçal formado pela enxurrada e enfiou uma perna inteira no barro. Foi socorrido por um morador que o ajudou a se levantar.

Repórter escorrega em escombros na Vila do Sahy
O repórter Maurício Ferraz escorrega na lama que tomou a Vila do Sahy depois das chuvas intensas no Carnaval - Reprodução

A edição não cortou a queda, até para dar a dimensão do estrago do solo, e Ferraz seguiu em frente, com a calça marcada pela lama.

Ao retomar a narrativa da cobertura, do estúdio do Fantástico, Poliana Abritta reforçou que a Globo havia voado até a região no helicóptero do Exército, explicando que o acesso por terra estava ainda inviável em razão dos bloqueios promovidos pelos deslizamentos na estrada Rio-Santos. E completou que o custo que a Globo economizou ao deixar de bancar o próprio voo será doado a entidades que estão auxiliando as vítimas da região.

Muitas famílias perderam suas casas com a força e a quantidade de chuva. O próprio Maurício Ferraz informou também que pelo menos 14 helicópteros como aquele sobrevoavam a região nos momentos cruciais dos resgates de sobreviventes e de corpos. Colocar outra aeronave no céu nessas condições certamente seria um desserviço, o que também explica a opção pela carona com o Exército.

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

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