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Matt Reeves Devin Oktar Yalkin - 02.fev.22/The New York Times

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The New York Times

A ideia de identidade secreta tem papel central na mitologia do Batman. Por trás de sua máscara apavorante, ele na verdade é Bruce Wayne, um herdeiro bilionário na soturna Gotham City, e por baixo disso ele é uma criança traumatizada que viu seus pais serem assassinados diante de seus olhos.

À primeira vista, não fica claro que Matt Reeves, 55, tenha uma identidade secreta. O cineasta é um daqueles sujeitos que parecem ser exatamente o que são; com seu cabelo liso penteado para trás, bigode aparado cuidadosamente e modos afáveis, ele parece espelhar a imagem do aliado de Batman na polícia, o incorruptível James Gordon –se Gordon trocasse os cigarros por saladas Sweetgreen.

Mas Reeves agora é o guardião do formidável legado cinematográfico de Batman. No dia 4 de março, a Warner vai lançar "Batman", sua mais recente tentativa de retratar a aventura inicial do vingativo vigilante noturno. Dirigido por Reeves, que também é um dos roteiristas, o filme, como seu título sucinto, promete um retorno ao básico, sem conexões com as franquias anteriores do Homem-Morcego e estrelado por um preeminente vampiro cinematográfico, Robert Pattinson.

Esta é a segunda vez em 10 anos que o Batman recomeça, depois do lançamento de "Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge" (2012), dirigido por Christopher Nolan, e uma das incontáveis leituras do personagem desde que este se tornou sucesso de bilheteria em 1989, dando o pontapé inicial para uma onda de filmes de super-heróis que já dura mais de uma geração.

Mas o bat-ciclo gira mais rápido hoje em dia, e exige inexoravelmente um novo filme sobre o vingador mascarado a cada poucos anos, independentemente de os esforços recentes terem terminado graciosamente, como no caso da trilogia de Nolan, ou de modo abrupto, como quando Ben Affleck, o mais recente astro a fazer o papel, desistiu de continuar interpretando o personagem.

Ao mesmo tempo, o fértil solo de Gotham rendeu toda espécie de propriedades intelectuais, entre as quais um filme ganhador de Oscar sobre o maior inimigo do Homem-Morcego, o Coringa; prequelas televisivas sobre como era a cidade antes que Bruce Wayne se tornasse o Batman, e sobre Alfred antes de ele se tornar o braço direito do herói; um filme de Batman feito para a família, com bonecos de Lego; uma franquia de videogames; e numerosas adaptações em desenho animado de histórias criadas para os quadrinhos.

A proliferação de derivativos deixa pouca oportunidade para que "Batman" faça alguma coisa de verdadeiramente original. Ao mesmo tempo, a Warner não fez segredo de seu desejo de que o filme resulte em ainda mais programas de TV e extensões de marca.

Essas seriam tarefas assustadoras para qualquer diretor, mesmo Reeves, que já se provou capaz de abrir caminho pelos labirintos do entretenimento distópico em sua obra, que inclui "Cloverfield – Monstro" e duas das continuações de "O Planeta dos Macacos". Como ele me disse no começo de fevereiro, quando o visitei em sua casa no sul da Califórnia, o público de cinema está muito enfronhado na mitologia de Batman e já viu diversas adaptações bem-sucedidas, o que tornaria difícil que aceitasse o trabalho de um criador que não deseje se engajar plenamente com o original.

"Se você não consegue encontrar maneira de fazer o trabalho com uma conexão apaixonada, não vai funcionar, e a audiência sabe disso", disse Reeves.

Diferentemente de outros diretores que levaram Batman à tela, Reeves não tem uma presença tão definida como a de Tim Burton, sempre reflexivo; o brincalhão Joel Schumacher; o erudito Christopher Nolan e o rebelde Zack Snyder.

Mas o que ele tem, agora, são os cinco anos que passou construindo seu Batman do zero –muito mais tempo do que ele esperava. O filme, que parece afogado em vermelhos sangrentos e azuis profundos, é tão distintivo em sua interpretação do personagem quanto os trabalhos de seus predecessores. E se prova inflexivelmente intransigente nos momentos em que a expectativa é de que fosse complacente, com um clima pressago presente em cada cena e em cada decibel ("e os decibéis são muitos", disse Reeves).

Na versão de Reeves, Batman não é nem novato e nem veterano; é uma presença cada vez mais conhecida em uma Gotham presa às drogas e ao crime organizado. Desta vez, ele se vê arrastado a um mistério no qual versões nascentes do Pinguim e da Mulher-Gato, e seu inimigo homicida, o Charada, estão envolvidos, e os problemas que Batman encontra o forçam a reconsiderar a moralidade e motivações por trás daquilo que faz.

Reeves ainda não era parte da conversa sobre Batman no final de 2016, quando o plano da Warner Bros. era fazer mais um filme estrelado por Affleck como uma versão mais velha e experiente do personagem introduzido em "Batman Vs Superman – A Origem da Justiça". Affleck, um dos roteiristas do projeto, planejava dirigir o filme e depois optou por não fazê-lo, o que deu início à busca por um novo diretor.

Toby Emmerich, presidente do Warner Bros. Picture Group, disse que a dificuldade que qualquer cineasta enfrentaria seria "criar um Batman convincente, dinâmico e empolgante, mas diferente de qualquer coisa que tivéssemos visto antes. Quem seria capaz de reinventá-lo? Quem seria capaz de encontrar uma sensibilidade que ainda não tivesse sido explorada?"

A busca por um diretor –nomes de cineastas como Ridley Scott, Fede Álvarez e Matt Ross foram citados –conduziu o estúdio a Reeves. "Ele sabe construir um mundo", disse Emmerich. "Os filmes dele têm um peso e uma escuridão, mas também uma sensibilidade pop".

Reeves cresceu em Los Angeles, onde era fã de cineastas cabeça como Hal Ashby mas também de filmes de sucesso. Na adolescência, os filmes amadores que fazia eram exibidos em festivais locais, o que valeu elogios e atenção da imprensa ao seu talento precoce. "Eu no futuro quero contar histórias que tenham um propósito, histórias com mensagem, como ‘Gente Como a Gente’", ele disse ao The Los Angeles Times em uma entrevista quando tinha 15 anos, em 1982.

J.J Abrams, diretor de "Star Wars" e de "Star Trek", fez amizade com Reeves quando os dois eram adolescentes, e o que os unia era o amor compartilhado pelo cinema e os temas sobrepostos de seus primeiros projetos. "Nós dois estávamos contando a história de um sujeito perdedor na escola, que não consegue conquistar a garota dos seus sonhos e sofre ‘bullying’", disse Abrams, "Minha história era mais simples e mais cômica. A dele era mais sombria, e terminava de um jeito trágico".

Outro trabalho formativo de que Abrams se lembra foi um filme universitário que Reeves fez em 1992 na Universidade do Sul da Califórnia, chamado "Mr. Petrified Forest".

"Era sobre um cara que tinha medo de tudo", disse Abrams "Havia uma consciência ali de que as coisas que trabalham contra nós são enormes".

Quando trabalharam juntos, entre 1998 e 2002, no drama universitário "Felicity", que deu impulso inicial às suas carreiras, Abrams se lembra de uma foto que os mostrava juntos, e que ele e Reeves colocaram em seus escritórios, cada qual legendada por um post-it. "A minha tinha a legenda ‘mais humor’, e a de Matt tina a legenda ‘mais emoção’", disse Abrams, "Ele foi sempre assim".

Quando Reeves progrediu para a direção de longas como o apocalíptico "Cloverfield – Monstro" (2008) ou "Deixe-me Entrar" (2020), uma refilmagem de um filme sueco de vampiros, ele procurou maneiras de expressar seu ponto de vista e ao mesmo tempo encarar os desafios que viriam com trabalhos mais ambiciosos, e para os quais havia expectativas maiores por parte da audiência.

"Comecei a perceber que havia uma maneira de fazer alguma coisa pessoal e ainda assim respeitar os critérios de um filme de gênero", ele disse. Os filmes dele seriam uma forma de trabalhar suas ansiedades, quer cotidianas quer mais amplas. "O cinema permite que você lide com aquele medo e, quando você assume o controle sobre ele, começa a exorcizá-lo", disse Reeves.

Essa filosofia parece ter chegado ao seu ápice em "Planeta dos Macacos: O Confronto" (2014) e "Planeta dos Macacos: A Guerra" (2017), grandes sucessos de Reeves na série retomada de ficção científica, que juntos faturaram US$ 1,2 bilhão (R$ 6 bi) em todo o planeta.

Andy Serkis, que interpretou Caesar, o líder dos chimpanzés, nos dois filmes, disse que ele e Reeves costumavam passar o tempo conversando sobre assuntos sérios que os filmes mencionavam, como a dissolução da ordem social ou a busca de vingança. Em outros momentos, o trabalho conduzia a reflexões mais pessoais. "Nós dois temos filhos, e por isso conversávamos muito sobre o relacionamento entre pais e filhos e as dificuldades e fracassos que ele envolve".

Reeves estava trabalhando pesado na pós-produção de "Planeta dos Macacos: A Guerra" quando a Warner o procurou com um convite para dirigir o filme de Batman com Affleck. Depois de ler o roteiro, Reeves o definiu como "uma visão totalmente válida e cool" do personagem, que ele comparou a um filme de James Bond para o universo estendido de super-heróis da DC que o estúdio controla.

"Mas eu não sabia como dirigir aquilo", disse Reeves. A despeito do interesse do estúdio, ele disse "não acho que vocês vão querer me contratar, porque eu não faria o filme que vocês esperam. E eles me perguntaram o que eu faria".

Não era uma pergunta que Reeves estivesse preparado para responder na hora. "Eu disse que estava no meio do trabalho em um filme, e por isso não sabia como responder", ele relembrou, com uma risada.

Reeves passou a vida refletindo sobre o Batman, um personagem definido, para ele, menos por 80 anos de quadrinhos ou pelas encarnações cinematográficas recentes do que pela pela interpretação pretensamente séria de Adam West na série de TV satírica da década de 1960. "Eu não via ironia naquele trabalho", disse Reeves. "Para mim, aquele Batman tinha alguma coisa de cool, e foi essa a minha porta de entrada".

Porque tantos filmes já tinham retratado a trágica perda dos pais de Bruce Wayne e sua ascensão como inimigo do crime, "não podíamos contar uma história de origem", disse Reeves. À medida que seu conceito se desenvolvia, o diretor disse que desejava garantir que "o personagem de Batman tivesse um arco emocional –você o vê passar por um imenso trauma e encontrar a força de vontade necessária a prosseguir".

A Warner esperou que Reeves concluísse seu trabalho em "O Planeta dos Macacos" para ouvir sua proposta sobre Batman e, com a luz verde do estúdio, ele começou a trabalhar em um roteiro, no começo de 2017. Pouco depois, Affleck abandonou o projeto inteiramente. Reeves disse, em nossa conversa, que "acho que Ben estava avaliando o que queria fazer, e não era aquilo que ele tinha se encantado por fazer, quando aceitou interpretar o personagem pela primeira vez". (Affleck não estava disponível para comentar, de acordo com seu agente de imprensa.)

Foi uma mudança significativa que permitiu que Reeves conduzisse o personagem em uma viagem completamente diferente. Se Affleck tivesse continuado, disse Reeves, "a história teria sido sobre como lidar com a desilusão". O filme que ele passou a imaginar "era mais sobre alguém que ainda não descobriu por que está fazendo aquilo que está fazendo".

"Eu queria lutar contra qualquer sensação de que o Batman permaneceria estático", disse Reeves. "Queria que o que está em jogo na história o desafiasse de uma maneira que o abalasse até a alma. Ele precisaria mudar".

Embora reconheça o quanto isso pode parecer estranho quando dito em voz alta, Reeves disse que essa abordagem tornou mais fácil para ele se identificar com o personagem. "Ele continua preso àqueles acontecimentos que surgiram quando tinha 10 anos", disse o diretor. "Quando faço filmes, tento fazer com que minhas experiências tenham sentido; e, ao se tornar um vingador, ele está tentando lidar com as dele".

Essa mudança de enquadramento também permitiu que Reeves escalasse um novo ator para interpretar um Bruce Wayne mais jovem, na casa dos 30 anos, já com um ou dois anos de experiência como Batman. Depois de uma busca em que Nicholas Hoult era um dos candidatos mais fortes, Reeves decidiu por Robert Pattinson, o astro de "Crepúsculo" que ele tinha visto desenvolver seu talento em dramas adultos como "Z – A Cidade Perdida" e "Bom Comportamento".

Eu consegui sentir na hora sua intensidade, seu desespero e sua vulnerabilidade", disse Reeves sobre esses trabalhos do ator. Àquela altura de sua careira, disse Pattinson, "eu estava fazendo filmes divertidos e interessantes –para mim, pelo menos. Não parecia ser uma progressão óbvia fazer um filme de Batman logo a seguir".

Mas quando Reeves definiu seus planos para o ator, Pattinson se viu atraído ao conceito que o diretor tinha sobre o personagem. "Ele estava pensando em uma versão meio escrota, meio alucinada, de Batman", disse Pattinson. "O que era exatamente o que eu queria".

Pattinson descreveu o diretor como alguém que reconhece que "o medo é muito real, e não algo que você pode derrotar no blefe". Essa compreensão se provou crucial para definir a abordagem que ele adotou para Bruce Wayne no filme, disse o ator.

"Quando ele coloca a roupa de Batman, não é como se colocasse uma armadura dourada e majestosa para fazer um trabalho nobre", disse Pattinson. "Ele está sucumbindo à escuridão. Quanto ele veste aquela roupa, deixa de saber quem ele realmente é".

Pattinson fez seu teste para o papel usando a roupa que Val Kilmer usou em "Batman Eternamente". ("Ou seja, Rob fez seu teste com mamilos", disse Reeves, rindo.) Mas o que provavelmente lhe garantiu o papel disse o diretor, foi uma sequência que Reeves filmou com Pattinson se olhando no espelho enquanto aplica a maquiagem de Batman nos olhos, que ele filmou com a palheta de cores do filme e acompanhada pela trilha sonora pulsante de Michael Giacchino.

Para um filme que Reeves já esperava que evocasse clássicos do cinema da década de 1970 como "O Poderoso Chefão", "Operação França" e "Todos os Homens do Presidente", o diretor disse que essa primeira combinação de interpretação e estilo "realmente ecoou –tinha pegada".

Mas restava muito trabalho. Reeves passou dois meses trabalhando com Peter Craig ("The Town") na reformulação do roteiro, mapeando o drama criminal, escândalos de corrupção e a história da cidade na seção central do filme. Ele povoou sua vasta Gotham com novas versões de aliados como Alfred (Serkis) e Gordon (Jeffrey Wright), adversários como o Pinguim (Colin Farrell) e o Charada (Paul Dano), e a parceira romântica do herói, a ladra Selina Kyle (Zoë Kravitz).

Enquanto isso, disse Reeves, ele estava se forçando a encontrar território novo que não tivesse ido coberto em filmes anteriores de Batman que continuam a dominar a consciência da cultura pop, como os de Nolan e Burton.

Ele estava preocupado com a possiblidade de que a Warner desistisse do filme, que não se conecta à continuidade mais ampla estabelecida em outros filmes da DC como "Aquaman", "Mulher-Maravilha" e "The Flash", que está para sair (e trará Affleck e Michael Keaton retomando seus papéis como Batman).

"Existe um imperativo, se você é o filme cinco e sabe que vem o filme seis", disse Reeves. "E eles poderiam ter dito que gostavam de uma das minhas sequências mas que ela não se encaixava ao plano mais amplo, e cancelado tudo". (Emmerich disse que Reeves sempre teve pleno apoio do estúdio.)

Então, em março de 2020, com dois meses de produção realizados e cerca de 25% do filme rodado, veio a pandemia. Andrew Jack, preparador vocal dos atores, morreu de Covid, e outros membros da equipe adoeceram. Reeves estava se preparando para viajar de Londres a Liverpool para uma sequência que envolvia 600 figurantes quando a produção foi suspensa.

"Foi um momento estranho. Ninguém sabia o que estava acontecendo, ninguém sabia o peso da situação", recordou Reeves. Quando as filmagens foram retomadas, no final do ano passado, ele disse, "tivemos de ser ágeis". Ainda que Reeves tenha dito que não houve alterações importantes no filme por conta da produção na era da pandemia, efeitos digitais foram usados para cobrir algumas lacunas. "Houve cenas em que tivemos de criar extras via computação gráfica".

A despeito da imensidão da tarefa à frente e do ritmo requerido para concluir o trabalho, os colegas de Reeves dizem que jamais o viram hesitar, durante o período. "Demorava duas vezes para filmar qualquer coisa, por causa da Covid", disse Pattinson. "E Matt dizia que ele mesmo assim ia fazer o filme que queria, e que nada o impediria".

"Ele é sorrateiro", acrescentou Pattinson. "Parece ser um cara gentil e sensível. Mas é duro como uma pedra. Não para até conseguir o que quer".

Agora o diretor tem o filme pronto, e percebe que a história talvez esteja mais sintonizada do que ele imaginava aos acontecimentos correntes. A história, escrita diversos anos atrás, parece antecipar desdobramentos reais que aconteceram durante a filmagem, e seu retrato de uma metrópole avassalada por tragédias mas determinada a seguir em frente parece alarmantemente realista.

"Gotham sempre foi uma metáfora para o nosso mundo –Gotham é o lado escuro", disse Reeves. "Houve momentos em que nós estávamos assistindo a tudo, de Londres, enquanto os eventos transcorriam, e imaginando se o nosso mundo é pior do que Gotham".

Mesmo antes de ser lançado, "Batman" causou queixas por suas quase três horas de duração, mas Reeves não se preocupa com essas reclamações. "Quando as pessoas puderem ver o filme, acho que isso deixará de ser uma reclamação" ele disse. "É imersivo, carrega os espectadores com ele e os mantêm envolvidos". Reeves fez testes do filme com audiências e disse que "aliás, o filme chegou a ser até mais longo".

Ele está de acordo com os planos da Warner para usar o filme como motor de toda uma nova franquia, que incluirá versões "live action", para a HBO Max, de histórias do Pinguim e do departamento de polícia de Gotham, além de uma série de animação do Batman.

"Se tivermos feito bem o nosso trabalho, o batverso será o começo de muitas dessas coisas", disse Reeves. Ele acrescentou que essas ambições multimídia são sensatas em uma era na qual não se pode confiar em que as audiências voltem aos cinemas em grande número.

"É um momento assustador para o cinema em geral, e as empresas terão de encontrar um caminho –esses podem ser os blocos básicos para manter as salas de cinema vivas", ele disse.

Tendo deixado algumas pistas em seu filme sobre o que pode vir a seguir para o Batman, Reeves parece certamente estar planejando uma continuação. Mas não facilitou interrogá-lo a esse respeito. Comecei a perguntar se ele estava tangivelmente... "Tangivelmente exausto?", ele interrompeu. Claro, mas você está completamente... "Completamente acabado?", ele voltou a interromper.

Mas Reeves por fim admitiu que podia imaginar o Bat Sinal aceso de novo um dia. "Os eventos do filme criam o primeiro vislumbre de esperança que a cidade teve em 20 anos, mas também põem fim ao vácuo de poder", ele disse. "Com certeza tenho muitas ideias sobre para onde a história vai", disse Reeves. "Mas, como eu já disse, antes preciso de uma soneca".

Traduzido originalmente do inglês por Paulo Migliacci

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