Cleo planeja canção com Negra Li após parceria com Pocah e Zélia Duncan
Colegas de elenco em 'O Segundo Homem', as duas tentam conciliar agendas para gravar
Colegas de elenco em 'O Segundo Homem', as duas tentam conciliar agendas para gravar
Juntas no set das gravações de “O Segundo Homem”, que tem previsão de estreia para este ano, as atrizes e cantoras Cleo e Negra Li precisam estar bem entrosadas para viver duas policiais parceiras na trama. Elas agora planejam levar essa parceria para o estúdio.
Ainda sem uma faixa definida, as duas têm compartilhado referências e conversado sobre a possibilidade de compor e gravar em breve. "Ficamos amigas neste ano e estávamos nos falando direto, porque a gente quer fazer música juntas", diz Cleo.
Difícil vai ser ajustar as agendas das artistas, que equilibram carreiras duplas como atrizes e cantoras. "Música você pode fazer, mas para lançar, fazer clipe, envolve muita coisa, então, não é tão simples. Ainda não [compusemos], mas a gente fica se mandando música, falando ‘olha esse clima, olha essa vibe’ e tal.”
Li, por exemplo, acaba de lançar “Brasilândia”, single no qual desaprova artistas que absorvem elementos e linguagens do rap, sem conhecer o movimento. “Eu falo que a vida não tem Auto Tune, porque a música fala da verdade de onde você veio, de onde você é, da sua raiz. Eu faço uma crítica às pessoas que se apropriam, que vendem uma coisa que não é verdadeira”, comenta.
Negra Li diz estar muito afinada com a nova geração de compositores do gênero. “Eu ouço tudo que tem rap envolvido. Do brasileiro, eu gosto muito de Rincon Sapiência, de Djonga, tem muita gente nova bacana, tem a Cynthia Luz, que eu adoro, a Flora Matos, a Carol Conka.”
Cleo também está em movimento. Depois de viver a vilã Betina em “O Tempo Não Para” (Globo), ela se juntou a Pocah (ex-MC Pocahontas) para lançar “Queima”, single que prega o empoderamento feminino. Com um clipe incendiário, as duas fazem referências à perseguição de bruxas durante a Inquisição. Rapidamente o vídeo acumulou um milhão de visualizações no YouTube.
Amigas há quase dez anos, Cleo e Pocah estavam planejando a gravação há bastante tempo. "Na época de 'Sento Rebolando' um amigo em comum mandou um vídeo meu dançando a música para ela. A gente começou a se falar e ficamos amigas virtuais", lembra Cleo.
"E ela é uma mina guerreira, eu adoro o som dela e o que ela traz. Então quando eu escrevi essa letra, eu pensei ‘é isso que a gente vai fazer juntas’”, completa.
Sobre as novas empreitadas musicais, Cleo se diz feliz com a receptividade dos fãs e confiante quanto ao futuro, apesar das dificuldades impostas pela transição. “As pessoas gostam muito das coisas que se fazem na gringa e se você faz um trabalho bem feito, elas não gostam porque é daqui.”
Mas a artista não se deixa abalar por críticas. “Eu vejo grandes artistas que eu admiro, como Anitta, Gloria Groove, Pabllo Vittar e o próprio Caetano Veloso, Maria Bethânia, enfim, grandes artistas brasileiros, que fazem um trabalho de qualidade e também já tomaram muita porrada, tiveram que ouvir um monte de merda, então, eu acho que [criticar] é do ser humano.”
Aos que, por acaso, não se identificarem com suas músicas, Cleo manda recado. “Se não gostarem, troca a faixa, muda o canal, ouve outra coisa.”
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