Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Cinema e Séries
Descrição de chapéu Filmes

Diretor de filme sobre Erasmo Carlos conta que passou sua infância em set com a Jovem Guarda

Lui Farias é filho de Roberto Farias, diretor de três filmes com músicos

O diretor Lui Farias na pré-estreia do filme "Minha Fama de Mau", no Cinemark Iguatemi - Zanone Fraissat-06.fev.2019/Folhapress
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A relação do diretor Lui Farias, 60, com o cinema e os ídolos da Jovem Guarda começou muito antes das gravações da cinebiografia de Erasmo Carlos, "Minha Fama de Mau", em cartaz nos cinemas.

Ainda pequeno, o filho do também diretor Roberto Farias (1932-2018) acompanhou em 1970 as filmagens de "Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa". O longa mostra Erasmo Carlos, Roberto Carlos e Wanderléa indo ao Japão e a Israel, antes de chegar à Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, para tentar achar um tesouro dos fenícios.

Com 11 anos, o garoto disputava com os irmãos a primazia de acompanhar as gravações. "Papai passava em casa e falava ‘vou dar um voo de helicóptero e pousar na Pedra da Gávea’. A gente já perguntava ‘posso ir?’”, relembra.

“Aquilo foi meu jardim de infância, meu playground, minha Disneylândia”, diz o cineasta que já lançou filmes como "Com Licença, Eu Vou à Luta" (1986) e "Lili, a Estrela do Crime" (1988).

O pai de Lui dirigiu outras duas produções envolvendo a Jovem Guarda. Em "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura" (1968), o cantor tinha de lidar com bandidos que queriam sequestrá-lo a qualquer custo. Sem contar com a ajuda de Erasmo e da Ternurinha, que não estavam no elenco.

Já em "Roberto Carlos a 300 km por Hora" (1971), o tema é a velha paixão da dupla que compôs "Parei na Contramão": os carros e a velocidade. A trama gira em torno de dois mecânicos na luta para vencer uma corrida em Interlagos após a desistência de um piloto famoso.

Para o diretor, o casamento entre o cinema e a música popular é uma fórmula de sucesso no cinema brasileiro. "A cinebiografia musical e os musicais são um desejo do espectador brasileiro. Isso é um gênero desde as chanchadas", afirma Lui, em referência às comédias de grande bilheteria nos anos 1940 e 1950.

Farias até faz graça ao comentar que pretende filmar uma sequência para o longa sobre Erasmo, já que o cantor teria lhe falado “você me botou muito bonzinho, eu era mais mauzinho”. 

Seria, então, uma deixa para pensar em produzir outra parte da história. “Se eu pudesse fazer 'É Preciso Saber Viver', depois, 'Jogo Sujo' [nomes de composições do Tremendão], ia passar minha vida inteira assim”, afirma o diretor.

Ele revela planejar seguir esse caminho nas telonas, apontando, inclusive, outros artistas em possíveis temas para seus futuros projetos. "É como falo: pô, vou produzir um ‘Pintura Íntima’, um ‘Como Eu Quero’. Tenho 15 músicas de sucesso [do Kid Abelha] para montar um filme”, diz Lui, que é casado com a vocalista da banda, Paula Toller.

“Se vai ser a história da Paula, da banda ou a respeito de uma Paula imaginária, não interessa. Existe um monte de jeitos de fazer musical. Eu adorei, quero fazer mais.” 

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem