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Celebridades

Ludmilla anuncia show no Qatar apesar de leis anti-LGBTQIA+ no país

Seguidores a criticaram nas redes, além de se mostrarem preocupados com sua segurança, caso descumpra a legislação do país

Ludmilla - Instagram/ludmilla
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São Paulo

Militante da causa LGBTQIA+, Ludmilla revelou em suas redes que aceitou um convite para se apresentar no Qatar durante a Copa do Mundo. Ela vai cantar em um evento oficial da Copa ao lado de Jason Derulo e Lil Baby, entre outras atrações.

A decisão de ir ao país decepcionou boa parte de seus fãs, que a criticaram por considerar sua atitude incoerente. O Qatar é um país com histórico de violações dos direitos humanos, onde a homossexualidade é considerada uma prática criminosa, passível de prisão e até pena de morte.

Casada com a dançarina Brunna Gonçalves há três anos, a cantora postou, junto com o anúncio de seu show, uma espécie de desabafo a respeito do que ela pretende fazer para ajudar a combater a homofobia. A apresentação no país que rejeita e criminaliza gays seria uma dessas ações em prol da comunidade LGBTQIA+.

"Desde que recebi o convite, fiquei pensando em como poderia contribuir com as causas LGBTQIA+ além da minha existência, resistência e tudo o que represento. Para mim não faria sentido não devolver algo para minha comunidade, já que aqui o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+", disse.

Na sequência, falou que pretende se associar a empresas por boas causas em 2023. Mas isso não a livrou das críticas. "A Shakira e a Dua Lipa se recusaram a se apresentar lá em razão da criminalização da nossa existência. Por que você decidiu ir? Não dava para apoiar essas instituições sem ir se apresentar?", indagou um seguidor.

"Um monte de artista consciente se recusando a ir e você irá para ajudar instituições em forma de protesto ao Qatar? Você é decepcionante demais", postou outra. Nem tudo foram ataques, no entanto. Ludmilla também foi defendida por seus fãs. "Vai lá, Lud. Cata esse recurso e espalha pelo nosso Brasilzão!", escreveu um seguidor.

Outro tentou prever, de forma otimista, o que pode vir a acontecer: "O povo criticando, aí a mulher chega lá e se posiciona a favor da comunidade, e o povo vai falar 'Ela foi grandona, fica só vendo...'"

Se posicionar no Qatar não é tarefa simples -quase impossível, na verdade. E entre os comentários há alguns que demonstraram certo receio em relação à sua segurança e liberdade, caso ela desrespeite as leis do país. "Mulher, esse lugar é perigoso, não tenta militar não, pelo amor", disse um seguidor. A dica se repete algumas vezes: "Não aconselho a tentar querer lacrar lá com essas pautas não", adverte outra pessoa.

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