Ex-paquita fala sobre namoro sem sexo com Romário e briga com Xuxa
Ana Paula Almeida lança biografia que tem como foco o período em que trabalhou como assistente de palco da apresentadora
Ana Paula Almeida, 45, é mais uma ex-paquita a lançar um livro sobre os tempos em que trabalhou como assistente de palco de Xuxa Meneghel. Durante oito anos [dos 10 aos 18], ela ficou mais conhecida como Pituxita, época em que, assim como a apresentadora, trabalhou sob o rígido comando da diretora Marlene Mattos. "Ninguém saia à noite e não podia ter namorado ou paqueras. Beijar na boca nem pensar", conta.
Hoje empresária (ela é dona de uma clínica de estética) Ana Paula foi modelo plus size e chegou a frequentar as páginas policiais em 2019 ao se automutilar para incriminar o ex-marido. A ex-paquita foi desmentida pelas câmeras de segurança do condomínio onde mora, que a filmaram em ação cortando os próprios braços. O episódio veio a público e fez com que Xuxa cortasse relações com ela. "Eu errei e pedi perdão", admite ao F5. Ex-namorada do hoje senador Romário nos anos 1990, Ana Paula diz que os dois ficaram juntos por dois anos e jamais transaram. "Foi meu primeiro namorado. Ele me respeitou e não forçou a barra porque o meu sonho era casar virgem". Nenhum dos dois assuntos é citado em "Pituxita Bonequinha - Minha Vida de Paquita", livro dividido em seis capítulos, que acaba de chegar às livrarias.
Por que você decidiu escrever uma biografia?
Adoro biografias e sempre tive a vontade de contar a minha história. É a história de uma menina que não tinha muitos pré-requisitos para ser uma paquita e conseguiu trabalhar com a Xuxa mandando uma só carta, sorteada no palco. Assim eu consegui a oportunidade de fazer os testes.
Quais eram os pré-requisitos?
Eu era completamente sem jeito para dançar e sofria horrores para aprender as coreografias. Também era gordinha. Tanto que a Marlene Mattos chegou a pedir a minha mãe procurar um médico para eu perder cinco quilos. A minha irmã, que é nutricionista, foi quem cuidou da minha alimentação.
Ser paquita era o sonho de muitas meninas brasileiras que foram crianças e adolescentes àquela época. Era tão bom assim?
Era muito bom mas também tinha o lado difícil. A gente não frequentava boates, bares e festas. Ninguém saia à noite e não podia ter namorado ou paqueras. Beijar na boca nem pensar. A Marlene dizia que era preciso andar sempre com a barriga encolhida, ter notas boas na escola, cuidar da alimentação, andar sempre arrumada. Uma rotina complicada para uma adolescente.
Sente que pulou etapas da adolescência...
(Interrompendo) Perdi algumas coisas, mas o meu maior sonho era conhecer a Xuxa e conviver com ela. Pude também tirar a minha família do subúrbio e até comprei um apartamento na Barra da Tijuca aos 18 anos. A minha vida sempre teve muitos altos e baixos, e eu nunca perdi o apoio dos meus fãs. Ser paquita me deu isso também: pessoas que gostavam e ainda gostam de mim sem pedir nada em troca.
No livro você fala da sua relação com a Xuxa no passado. A gente sabe que vocês se afastaram depois da confusão envolvendo a sua separação. Como estão hoje?
A Xuxa é muito fiel às suas amizades, e eu naquele processo todo da separação, omiti um fato e ela ficou muito magoada. Na época, nós ainda conversamos, mas paramos de nos falar. Eu respeitei o tempo dela. Voltamos a conversar há pouco tempo. Ela me procurou, me mandou uma mensagem falando que queria o meu bem. E só.
Tudo por causa daquele episódio com o seu ex-marido?
O motivo do nosso afastamento foi por eu ter omitido uma situação [Ana Paula foi flagrada por câmeras do condomínio onde mora se automutilando antes de acusar José Roberto Barbosa, de quem estava se separado, de agressão]. Ela chegou a colocar um segurança à minha disposição e se sentiu traída, com toda razão. Eu respeito. Errei e pedi perdão.
Você fala no livro sobre seu relacionamento com Rafael Ilha, líder da banda Polegar, mas não cita o Romário.
Rafael e eu namorávamos por cartas. Ele foi meu namorado de um beijo só. Já Romário foi namoro mesmo e acabou ganhando a maior repercussão. Ele tinha 30 anos e eu 18 anos. O meu cunhado jogava com o Romário no Vasco e ele me conhecia desde pequena. Quando ele voltou da Copa do Mundo dos Estados Unidos em 1994, morava em Barcelona, nos reencontramos e eu era uma mulher com 18 anos. Ficamos dois anos juntos.
Mas ele era um homem mais velho...
(interrompendo) Romário sempre foi respeitador. Um querido até hoje, a gente se fala, mas é cada um na sua. Ele fez parte da minha vida e é uma pessoa bem-vinda na minha família. Eu tinha o sonho de casar virgem e ele respeitou. Nós não transamos e isso foi público. Essa questão da minha virgindade acabou levando a Playboy a me convidar a posar nua. Era uma proposta milionária e eu recusei.
Se arrependeu?
Sou de uma família portuguesa mais conservadora. O meu pai era militar e não me imaginava uma mulher sensual. Também já tinha o meu carro, um apartamento e eu iria me expor pra quê? Me questionava e pensava como isso no futuro poderia me prejudicar. A exposição não enchia os meus olhos e acho que muitas mulheres posam nua não só pelo cachê, mas por vaidade mesmo. Porque elas se acham lindas e tudo bem. Eu não tinha isso. Sempre fui muito reservada.
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