The Voice+ estreia com promessa de histórias emocionantes, leves e joviais
Candidatos com mais de 60 trazem repertório variado e vontade de experimentar
Candidatos com mais de 60 trazem repertório variado e vontade de experimentar
Hoje ficamos mais velhos, porém com espírito jovem, cheio de energia e de sonhos. É com essa máxima que o Creso Eduardo Macedo, diretor artístico do programa The Voice+ (Globo) apresenta o derivado do reality musical, que estreia neste domingo (17), após a Temperatura Máxima, somente com candidatos com idade superior a 60 anos. O vencedor ganhará R$ 250 mil e um contrato com a gravadora Universal Music.
Após as primeiras gravações das audições, técnicos se dizem maravilhados com o show de talentos e jovialidade dos candidatos que subiram ao palco do reality. A cantora Ludmilla, 25, estreia na cadeira do Voice+ como jurada, que tem ainda Mumuzinho, 37, Daniel, 52, e Claudia Leitte, 40. André Marques apresenta a atração e as reportagens nos bastidores serão conduzidas pela escritora Thalita Rebouças –os trabalharam juntos no Voice Brasil Kids.
"Nós nos deparamos com uma vitalidade e uma jovialidade até maior que a nossa. Essas vozes que não ficam mais velhas tão facilmente vão contribuir muito, porque trazem a experiência de vida", diz Daniel, que já foi técnico do original The Voice Brasil.
O público verá apenas músicas antigas e clássicos? Nem sempre. Esse espírito jovem é refletido no repertório escolhido pelos candidatos. Sem revelar títulos, os técnicos contam que as primeiras audições mostraram que os cantores maduros estão atentos ao que acontece hoje na música.
"Uma das candidatas disse que escolheu Ludmilla porque quer experimentar algo diferente, quer a modernidade dela", diz Mumuzinho. Ele afirma ainda que tem sido tirado de sua zona de conforto pelos candidatos. "Até agora não teve nenhum samba. Estou curtindo muito conhecer mais gêneros e novas escolhas musicais."
André Marques lembra de senhores do rock n' roll que não tiveram medo de se abrir para outros ritmos e experiências logo nas primeiras conversas. A leveza trazida pelos cantores é outra atrativo da atração musical. "Eles são divertidos e espontâneos como as crianças são. Quando a gente vira a cadeira, as reações são muito parecidas com Voice Kids", afirma Claudia Leitte.
Nas primeiras histórias, há quem nunca tentou uma carreira, quem já começou e desistiu e, também, bem-sucedidos backing vocal de grandes artistas que nunca tentou carreira solo. E tem até quem foi estimulado pela família. "Uma senhora foi inscrita pelos netos, porque ela não queria participar, e foi chamada", antecipa André Marques.
Fazer o público repensar a relação com o tempo, ouvindo testemunhos de vida e sonhos é a esperança da equipe envolvida na produção do programa. "Vivemos em um momento de ressignificação. Olhava para a minha avó como uma senhora velhinha, e ela estava perto dos 40 anos. Hoje, a minha mãe com 62 é superativa, corre, faz trilhas. A sociedade fez algumas pessoas acreditarem que o tempo delas estava se esgotando, mas a gente precisa mudar esse pensamento", dia Claudia Leitte.
"Tem muita gente sonhando e cabe a nós fazer acontecer e dar oportunidade a esses artistas, vingar a missão que eles estão vivendo nesse planeta", define Creso Eduardo Macedo, diretor do programa. "Nós nos surpreendemos muito, e estamos trabalhando para emocionar o público da mesma forma como nos emocionamos nos bastidores, afirma Angélica Campos, diretora-geral do programa.
Todo esse tempero trazido pela maturidade é refletido em muita emoção e muitas lágrimas. "Lenço não vai dar, vamos precisar é de muito papel toalha para essa edição", diz Marques, em tom de brincadeira. "
E toda essa emoção teve de ser registrada dentro de um novo normal de gravações. Por causa da pandemia do coronavírus, The Voice Brasil e o Kids tiveram seus formatos alterados, com técnicos se conversando e trocando repertório pela internet, e batalhas acontecendo apenas à distância.
Para os técnicos, todo o protocolo exigido é necessário e pouco afeta o programa. "Eles têm uma intensidade maior no olhar pela maturidade, uma intensidade em se comunicar. Eu vou até o mais próximo possível do que posso para receber esse calor humano", diz Daniel.
Para Creso Eduardo Macedo, diretor da atração, nada disso poderia deixar de ser feito, mesmo em condições diferentes. "É muito importante levar entretenimento para as pessoas em um momento como esse, e estamos fazendo isso com toda a responsabilidade."
A Globo enfrenta a pandemia com diferentes soluções para manter as gravações das atrações. A emissora foi a primeira a reagir ao coronavírus, cancelando todas as produções de dramaturgia e variedades assim que a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou a pandemia, em março de 2020.
Só o jornalismo e o BBB 20 se mantiveram no ar com programas inéditos. Em relação às novelas, em dezembro do ano passado, a emissora decidiu reduzir o número de pessoas presentes nos estúdios frente à volta do crescimento de casos de Covid-19 no país e especialmente no Rio de Janeiro.
Audições às cegas: Na primeira fase, os candidatos se apresentam e são avaliados apenas pela voz. Os técnicos viram suas cadeiras e montam seus times. Se mais de um técnico virar, o participante é quem escolhe com quem quer trabalhar. No total, serão 48 vozes aprovadas, 12 em cada time.
Tira-teima: Em apresentações individuais, os técnicos precisarão escolher oito vozes do seu time para continuar na competição.
Top dos Tops: Agora, dos oito que permanecem em cada time, somente quatro serão escolhidos pelo técnico para seguir para a semifinal.
Semifinal: A fase começa com 16 candidatos. As quatro vozes de cada time cantam e cada técnico escolhe dois candidatos para a última etapa do reality.
Final: Desta vez, quem escolhe o vencedor é o público. A grande final deve ser exibida ao vivo.
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