Celebridades

Protestos nos EUA: Cole Sprouse é preso, Rihanna fecha lojas e Harry Styles paga fianças

Famosos apoiam manifestações antirracistas presencialmente e virtualmente

Protesto em Liverpool, na Inglaterra
Protesto em Liverpool, na Inglaterra - Paul Ellis/ AFP
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São Paulo

A onda de protestos contra o racismo nos Estados Unidos continua, e diversas celebridades já se posicionaram a favor deles. O ator Cole Sprouse, por exemplo, revelou nesta segunda-feira (1º) que foi preso durante uma manifestação antirracista em Santa Mônica, na Califórnina.

"Nos deram a opção de partir e deixaram claro que, se não recuássemos, seríamos detidos. Quando muitos se viraram para sair, encontramos outra linha de policiais bloqueando o caminho e então, começaram a nos algemar com lacres. Precisa ser dito que, como um heterossexual branco e figura pública, as consequências do meu encarceramento não são nada comparadas às de outros membros deste movimento", disse ele em seu perfil no Instagram, em um relato sobre o acontecimento.

Outros famosos que não participaram presencialmente das manifestações nas ruas resolveram apoia-las pagando a fiança de manifestantes detidos. Segundo o portal La Vanguardia, Katy Perry e Harry Styles doaram para um fundo que paga a fiança dos presos nos protestos. Nomes como Justin Bieber e Ariana Grande também haviam feito doações.

A cantora Halsey, além de doar para o fundo, esteve em algumas manifestações e prestou atendimento médico a um protestante que levou um tiro de arma de borracha.

"Com todos os nossos profissionais médicos sendo consumidos, exaustos com a Covid, há pouca ou nenhuma atenção médica disponível", escreveu ela em seu Instagram. “Ajudei homens, mulheres e crianças que foram baleadas no peito, no rosto e nas costas. Alguns perderão a visão, outros perderam os dedos. Estive coberta de sangue de inocentes".

E acrescentou: "É fácil, no conforto de sua casa, assistir a saques e tumultos na televisão e tolerar as violentas medidas tomadas pelas forças. Mas o que você não vê são manifestantes inocentes e pacíficos sendo baleados e lacrimejando, agredidos fisicamente incansavelmente".

Rihanna, por sua vez, aderiu ao "apagão" das empresas desta terça-feira (2), chamado de "Bçack Out Tuesday", e fechou o comércio de suas marcas --a Fenty Beauty, Fenty e Savage X Fenty-- por 24 horas. "“Nós não vamos comprar nada!! E nem vender nada", disse.

Diversos famosos, como Viola Davis, Arnold Schwarzenegger​ e Luciano Huck, também publicaram imagens totalmente pretas em apoio ao "apagão". Gravadoras musicais entraram apoiando o movimento, como a Universal Music, Warner Records, Sony, Som Livre, Capital Records e outras, com a hashtag #TheShowMustBePaused (o show precisa ser pausado, em inglês). A dupla Chloe x Halle ainda anunciou que adiaria seu novo álbum, o disco "Ungodly Hour", para que chegue apenas no dia 12 de junho, uma semana depois do previsto.

ENTENDA

Os atos antirracistas começaram como manifestações pacíficas depois que um homem negro desarmado, George Floyd, morreu sufocado por um policial branco, que ajoelhou sobre o pescoço dele, no chão, em Minneapolis (EUA).

À medida que as manifestações se alastraram pelo país, no entanto, inúmeros embates entre policiais e manifestantes passaram a ser registrados, e lojas foram incendiadas e saqueadas. Além da capital, Washington, pelo menos 40 cidades americanas decretaram toques de recolher, o que não impediu milhares de manifestantes de voltarem às ruas em meio à pandemia de coronavírus.

Pessoas do mundo todo se comoveram diante da morte de Floyd, e muitos artistas brasileiros publicaram mensagens contra o racismo. Vários deles relembraram a morte do brasileiro João Pedro Matos Pinto, 14, que morreu em casa, há duas semanas, após levar um tiro durante uma operaCOMPARTILHEção da Polícia Federal com apoio das polícias Civil e Militar fluminenses no Complexo do Salgueiro.

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