Celebridades

Madonna diz que continuará lutando por causas LGBT e que está 'horrorizada' com mundo moderno

Cantora afirmou que cerceamento de direitos 'só me faz querer reagir'

Madonna
Madonna - Reuters/Carlo Allegri
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Marie-Louise Gumuchian
Londres

 O controle de armas, a pobreza e os marginalizados: o novo álbum de Madonna, 60, “Madame X”, mostra a rainha do pop com vontade de reagir ao que ela vê como um mundo moderno assustador.

Em entrevista à Reuters, Madonna disse estar horrorizada com as iniciativas para restringir os direitos femininos e dos LGTBQ, mais exatamente nos Estados Unidos.

“Se você está falando da extrema-direita e dos direitos que estão sendo tirados, digamos, da comunidade LGBTQ ou dos direitos femininos... obviamente estou traumatizada e horrorizada”, disse Madonna.

Defensora de longa data da comunidade LGBTQ, e conhecida por seu trabalho de caridade no Malaui, Madonna disse que continuará lutando por estas causas.

“Ainda há muita pobreza no Maláui, e a taxa de HIV diminuiu consideravelmente, mas não desapareceu”, disse. “[Existem] todos os problemas que são recorrentes na América por causa de novas legislações, então terei que continuar lutando pelas mesmas coisas”.

Em seu 14º disco de estúdio, Madonna aborda as leis de controle de armas nos EUA e usa um trecho de um discurso de Emma Gonzalez, sobrevivente de um ataque a tiros em uma escola, no single “I Rise”, canção que ela diz almejar dar voz a pessoas marginalizadas.

“Dark Ballet”, balada ao piano com toques de pop eletrônico, foi inspirada em Joana D’Arc e fala em um mundo “em chamas”, enquanto em “Killers Who Are Partying” ela canta sobre crianças pobres e exploradas e mulheres estupradas.

“É bem apavorante, sim, é bem assustador... existem coisas acontecendo em todo o mundo”, respondeu ela quando indagada sobre como se sente a respeito do estado do mundo.

“Quando você pensa na quantidade de pessoas que morreram, foram mortas, foram feridas, cujas vidas foram alteradas irrevogavelmente por causa da falta de controle de armas na América, é um problema muito, muito grande”, disse. “Eu me importo muito, então não poderia não escrever a respeito”.

Ela também disse que se incomodou por alguns Estados estarem restringindo o direito ao aborto. “Esta é uma época louca porque lutamos muito duro por muitas destas liberdades, e agora parece que elas estão sendo tiradas sistematicamente... Não me faz me sentir desesperançada. Só me faz querer reagir”.

Influenciado pela vida de Madonna em Lisboa, e com toques latinos, “Madame X” também leva os ouvintes a festas de rua e aos clubes com uma série de faixas contagiantes.

Reuters
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