Atriz Amber Heard diz que nascer na fronteira EUA-México despertou seu ativismo
'Eu tinha liberdade para ir e vir como bem entendia', disse
A atriz norte-americana Amber Heard, uma das estrelas do filme de super-herói "Aquaman" e ativista de direitos humanos na ONU (Organização das Nações Unidas), disse que sua infância no Texas, perto da fronteira com o México, ajudou a despertar seu ativismo.
Seu pai, um operário de construção, acumulou afilhados do lado mexicano da divisa, e a jovem Amber considerava muitos deles amigos e familiares. Quando voltava para casa na picape do pai, era com “uma impressão indelével na minha alma”, um reconhecimento da injustiça contra as crianças no país vizinho.
"Simplesmente por causa de onde nasci, alguns quilômetros ao norte desta linha, eu tinha liberdade para ir e vir como bem entendia”, disse ela a uma plateia na ONU em Genebra nesta segunda-feira (22).
Milhares de outras pessoas arriscariam tudo “por uma simples chance e uma oportunidade de ter aquilo que eu recebi devido a esta sorte acidental do meu nascimento do outro lado. Foi a primeira vez que comecei a experimentar essa sensação”.
Agora as redes sociais dão a todos a chance de mudar as coisas, com campanhas como #Metoo, Time’s Up e Black Lives Matter, e Hollywood tem falhado em fazê-lo, apesar da responsabilidade de tomar a dianteira, disse ela.
"Existe uma certa ironia na sensação de que Hollywood muitas vezes é vista como uma espécie de bastião de ideais progressistas, mas na verdade é o exato oposto. Em alguns dos direitos mais básicos que estamos começando, graças a Deus, a ver como garantidos, em outras disciplinas, em outros negócios, seja inclusão, igualdade salarial, representatividade, diversidade, o que quiserem, ficamos muito para trás”, completou ela.
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