Quem é a bisavó prisioneira por quem Kim Kardashian pediu perdão a Trump
Celebridade busca perdão a bisavó por tráfico de drogas
A celebridade americana Kim Kardashian West se encontrou com o presidente Donald Trump para discutir um possível perdão judicial para uma bisavó de 63 anos condenada à prisão perpétua. Alice Marie Johnson está presa há mais de duas décadas por um delito de drogas como ré primária.
A socialite se engajou pela libertação de Johnson há meses após assistir a um vídeo sobre ela. Ela manteve contatos sobre o assunto com o genro de Trump, Jared Kushner, que também é assessor especial da Casa Branca.
Depois do encontro com o presidente, ocorrido nesta quarta (30), Trump tuitou uma foto com Kardashian West e os dizeres: "Grande encontro". Trump disse que ambos conversaram sobre reforma do sistema prisional.
A história de Johnson chamou a atenção da estrela de televisão norte-americana quando ela assistiu a um vídeo publicado nas mídias sociais. Em outubro passado, ela tuitou o vídeo com o comentário: "É muito injusto".
Sensibilizada, Kardashian West decidiu, então, acionar o próprio advogado para avaliar o caso e passou a pagar pela defesa jurídica de Johnson. Em seguida, passou a apoiar a campanha por reforma no sistema penitenciário movida pelo genro de Trump.
Uma recente proposta introduzindo treinamento educacional e vocacional a prisioneiros para ajudar na sua reintrodução social, o First Step Act, foi aprovada na Câmara dos Deputados após contar com apoio de Kushner e o subsequente endosso de Trump.
O dia em que a socialite se encontrou com Trump foi também a data de aniversário de Alice Johnson –Kardashian West cumprimentou a detenta pelo Twitter. Depois da reunião com o presidente, ela disse acreditar que Johnson ganhará "uma segunda chance na vida".
QUEM É ALICE MARIE JOHNSON?
Johnson foi condenada à prisão perpétua sem direito a liberdade condicional em 1996, apesar de ser ré primária condenada por um crime não violento relacionado a drogas. Ela foi condenada por participar, juntamente com outras 15 pessoas, de um esquema de distribuição de cocaína no Estado de Tennessee.
De acordo com a família e pessoas ligadas a grupos de apoio, Johnson é uma detenta com bom comportamento que participa de vários programas da prisão, onde trabalha na ala hospitalar. Ela se encaixa nos critérios estabelecidos, em 2014, pelo então presidente Barack Obama para o projeto de clemência. No entanto, o pedido dela foi negado antes do fim do mandato de Obama.
"Essa é a última vez que submeto minha família a essa dolorosa expectativa", disse Johnson à BBC quando o pedido lhe foi negado. Mesmo assim, o interesse de Kardashian West parece ter dado sobrevida ao esforço para tentar tirá-la da prisão.
Amy Povah, fundadora da organização CAN-DO Clemency, tem se engajado pela libertação de Johnson desde 2014. Ela afirma que já ajudou a coletar assinaturas de mais de 70 organizações que apoiam o perdão e conta ainda com uma carta de um carcereiro - já aposentado - da prisão de Johnson.
Todo esse material foi entregue ao presidente Trump. "Ela sempre se destacou por ser excepcional", diz Povah. "Ela não é amarga ou brava, ela é um raio de sol."
O QUE ACONTECE AGORA?
O processo de perdão depende, exclusivamente, da decisão do presidente dos EUA. Não se sabe, contudo, o que Trump pretende fazer e qual o peso da visita e dos apelos de Kardashian West na decisão. Ela agradeceu ao presidente no Twitter pelo encontro e disse estar otimista em relação ao futuro de Johnson.
Nas redes sociais, muitos questionaram as intenções de Kardashian e a acusaram de buscar autopromoção. Mas muitos a apoiaram, e a compararam a outras celebridades engajadas em causas sociais, como Bono ou George Clooney.
As filhas de Johnson estão esperançosas de que - pelo menos para a família - a longa espera logo termine. "Estamos orando por misericórdia no caso de minha mãe... que este pesadelo está finalmente chegando ao fim", disse Tretessa Johnson à BBC.
Comentários
Ver todos os comentários