Marca de roupas de Beyoncé é acusada de usar trabalhadores em regime similar à escravidão
A Ivy Park, marca de roupas de ginástica lançada por Beyoncé, está sendo acusada de usar trabalhadores em uma situação similar à de escravidão, no Sri Lanka, na fabricação das peças. As informações são do jornal inglês “The Sun”.
De acordo com a reportagem, que viajou ao país da Ásia para ver a situação dos trabalhadores, eles recebem da empresa MAS Holdings, que produz as roupas, pouco mais de 900 rúpias (cerca de R$ 20) por dia, ou 27 mil rúpias por mês.
No entanto, eles trabalham cerca de nove horas e meia diariamente, com um intervalo de 30 minutos para fazer as refeições.
“Nossa vida é basicamente dormir, trabalhar, dormir e trabalhar”, disse uma das funcionárias ouvidas pelo jornal.
“Essa é uma forma de escravidão”, afirmou Jakub Sobik, da Anti-Slavery International, organização que combate o uso de trabalho escravo.
“Há inúmeros fatores aqui que comprovam que há escravidão, como o baixo pagamento e impedir que as trabalhadoras saiam à noite”, declarou.
O salário mínimo do Sri Lanka é de 13,5 mil rúpias por mês, valor bem abaixo do pago pela fábrica que produz as roupas de Beyoncé.
No entanto, ativistas alegam que seria necessário ganhar ao menos 43 mil rúpias para ter uma vida digna.
As pessoas entrevistadas pelo “The Sun” afirmaram que precisam viver em apartamentos minúsculos, muitas vezes sem cozinha e sem chuveiro. Muitos ainda precisam ajudar a família, que vive em comunidades rurais do país asiático.
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