'Se não for a música do Carnaval, tem algo errado', diz Bell Marques, que pede 'cabelo lisinho' na folia
Bell Marques, ex-vocalista do Chiclete com Banana, desfila pelo Carnaval de Salvador cantando: "ô, mainha, eu também gosto de cabelo de chapinha".
Não era bem essa a mensagem: antes de assinar um acordo com o Ministério Público do Estado da Bahia para mudar a letra da canção, ele dizia que "só" gosta de cabelo de chapinha.
Após a celeuma causada pela composição, acusada de racista nas redes sociais, o cantor não tem dúvidas de que ela é a maior merecedora do título de música da folia baiana deste ano.
"Se não ganhar [o prêmio de música do Carnaval], tem alguma coisa errada", disse durante seu show no circuito Barra-Ondina neste domingo (7). "Ela está na boca do povo."
Na primeira versão da música, criada por Felipe Escandurras, Fagner e Gileno, Bell pedia: "Minha nega, vai lá no salão faz aquele corte que seu nego gosta de ver". E explicava: "Ô mainha, mas eu só gosto do cabelo de chapinha". No refrão, repetia várias vezes as frases: "Tá liso, tá lisinho."
A letra acabou virando alvo de um procedimento administrativo no Ministério Público, após uma série de reclamações registradas na página do órgão no Facebook.
Para evitar que o caso chegasse à Justiça, o músico, que partiu em carreira solo em 2014 após romper com o Chiclete, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) se comprometendo a alterar a canção.
Antes disso, porém, defendeu a composição ao argumentar que a letra fala de um homem que "encontrou uma forma gentil de enaltecer sua amada".
"É um personagem que adora sua parceira e lhe pede, com carinho, que se arrume do jeito que ele gosta", escreveu, na época, em um texto no Facebook.
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