Conheça os animais mais populares do zoológico de SP
A gritaria pode ser ouvida de longe. As crianças fazem barulho e correm para chegar logo à jaula do tigre branco. Andando de um lado para o outro, o animal ruge para a alegria da plateia. A cena é rara, já que ele é um animal de hábitos noturnos.
Junto com o leão, a onça, a girafa e os chimpanzés, o tigre branco faz parte do grupo de animais mais populares do zoológico de São Paulo.
Segundo o biólogo do zoológico, Danianderson Carvalho, das 340 espécies de animais no zoo, os queridinhos são os felinos e os animais provenientes da África.
Com o sucesso de filmes como "Madagáscar" e "Rio", a preferência do público --que varia entre 6.000 e 11 mil pessoas por dia-- começou a mudar um pouco e as pessoas já perguntam por pinguins, que não existem, e ararinhas azuis, que não estão expostas ao público.
Tigre branco
Baboo é solitário, não consegue manter relacionamentos longos.
Se uma fêmea for colocada em seu território repentinamente, o tigre branco a matará. Segundo o biólogo Danianderson Carvalho, o processo para o acasalamento é demorado: primeiro os dois devem conviver apenas trocando olhares. E isso pode demorar mais de seis meses.
Depois dessa "paquera", Baboo começa a cortejar, de fato, a fêmea. Os dois ficam um tempo juntos e ele vai embora, deixando-a sozinha para cuidar dos filhotes.
Apesar de ser um notívago, ele às vezes se anima e dá bons rugidos para seus admiradores.
Os chimpanzés
Os dez chimpanzés formam o grupo mais animado do zoológico de São Paulo. Eles passam o dia na maior bagunça: a atividade é pular, fazer muito barulho e correr atrás dos outros.
Quem bota ordem na macacada é o líder do bando, Chico.
Cada chimpanzé tem a força de seis homens e, por isso, um vidro blindado é necessário para separá-los do público. Espertos, os primatas já fizeram um plano de fuga: eles cavaram um buraco, descoberto a tempo pelos tratadores.
As girafas
O recinto das girafas sofreu uma triste perda no início deste mês. Cristal, que ainda amamentava a girafinha Safira, morreu de timpanismo, um mal que ataca ruminantes.
O luto, no entanto, não afetou em nada a procura pelas magrelas. Palito, Mel e Safira são tímidas e não gostam muito de desfilar. Entre elas, são carinhosas se acariciam com o longilíneo pescoço, que se transforma em arma na disputa pela fêmea.
Segundo o biólogo do zoo, elas não são tão silenciosas quanto parecem e emitem sons em uma frequência que o homem não pode ouvir.
Quando se sentem ameaçadas, dão coices que podem até abrir o crânio de um homem. Por isso, na vida selvagem, ela é a última opção no cardápio do leão. Sempre prontas para se defender, as girafas passam quase toda sua vida de pé, inclusive quando dormem.
O leão
Com a juba desgrenhada, o leão Yuri lembra mais um adepto do rastafári do que o rei da selva.
Yuri está solitário, perdeu seu companheiro, Esperto, que morreu de parada cardiorrespiratória há cerca de um mês.
Na natureza, os leões vivem cercados de leoas, a quem delegam o "trabalho sujo" de caçar. O detalhe é que ele come primeiro.
Durante o dia, os visitantes se surpreendem já que o leão tem hábitos noturnos e mais boceja do que ruge.
Onças-pintadas
A onça gosta de aproveitar o dia para relaxar. Fica horas deitada e muda de ideia na hora de se refrescar nadando.
As quatro onças do zoológico paulistano se revezam para receber os visitantes. No dia da visita da Folha, Simba era a onça da vez.
Segundo o biólogo do zoo, no passado duas onças ficavam juntas na jaula. Porém, para evitar que elas se reproduzam ou briguem, elas ficam sozinhas.
Originalmente as onças vêm desde o centro do México até a América do Sul.
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