Nola, um dos 5 rinocerontes brancos do mundo, está doente
Uma fêmea de rinoceronte branco do norte, que é um dos cinco animais da espécie que sobraram hoje no planeta, está em tratamento em um zoológico de San Diego, nos Estados Unidos.
Os veterinários acreditam que ela tenha um abscesso sob a sua pele, segundo informou uma porta-voz do parque nesta terça-feira (12).
Leia também: Elefantes, hipopótamos e rinocerontes sofrem perigo de extinção, diz estudo
A rinoceronte fêmea de 41 anos, chamada Nola, foi encontrada na semana passada com um inchaço em seu quadril direito. No sábado (9), os veterinários perfuraram o local para drená-lo e lavá-lo com solução salina, disse a porta-voz Darla Davis.
As amostras de tecido e pus retirados do local serão testadas e o resultado deve sair em poucos dias, mas os veterinários acreditam não se tratar de um tumor. Nesse meio tempo, Nola está tomando antibióticos, por precaução.
Davis disse que todo o procedimento foi realizado no campo em Nola estava pastando, sem anestesia, dentro do espaço de 65 hectares que ela habita no parque.
Veterinários foram capazes de se aproximar do animal, perfurar a área inchada e drená-la enquanto caminhavam ao lado dela.
"Ela tem um ótimo relacionamento com os guardas e equipe de veterinários, então ela permite que eles façam coisas que rinocerontes geralmente não deixariam", disse Davis.
Embora considerados idosa para um rinoceronte, com um toque de artrite, Nola tem sido bastante saudável fora esse incidente, e não demonstrou nenhum sinal de doença desde que se recuperou de uma sinusite em janeiro, de acordo com Davis.
Outro antigo rinoceronte branco do norte no parque morreu em dezembro de 2014, deixando Nola como o único espécime vivo de seu tipo no hemisfério ocidental.
Existem três rinocerontes em uma reserva no Quênia e um quarto em um jardim zoológico na República Checa. Porém, assim como Nola, todos passaram da idade de reprodução ou têm problemas reprodutivos.
DNA dos rinocerontes brancos do norte foi armazenado, na esperança de que as novas tecnologias reprodutivas possam permitir que cientistas os tragam de volta da beira da extinção.
Estudos estão em andamento para determinar se rinocerontes brancos do sul, dos quais cerca de 20 mil permanecem em estado selvagem, estão perto o suficiente geneticamente para servir como substitutos maternos para implantar o esperma rinoceronte branco.
Os cientistas continuam sem saber se os brancos norte e sul são duas espécies distintas ou subespécie um do outro.
Rinocerontes brancos do sul, como seus primos do norte, têm sido dizimadas pela caça ilegal por seus chifres. Eles são mortos na África do Sul a uma taxa de cerca de um a cada oito horas, disse Davis.
Comentários
Ver todos os comentários