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Polícia pede ao MP que proíba aproximação do marido da socialite Regina Gonçalves, 88

Família move ação contra José Marcos Chaves Ribeiro, acusado de praticar violência psicológica e doméstica, além de ameaça contra a idosa

A socialite Regina Gonçalves voltou a morar no edifício Chopin há três meses - Ana Cora Lima/Folhapress

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Rio de Janeiro

A 12ª Delegacia Policial (Copacabana) do Rio enviou ao Ministério Público, nesta quinta-feira (11) dois pedidos de medidas cautelares em favor da socialite Regina Gonçalves, 88. Entre as determinações estão a proibição do atual marido, José Marcos Chaves Ribeiro, de se aproximar dela e a transferência da curatela do também ex-motorista para um parente de Regina.

O delegado Ângelo Lages pediu também ao que MPRJ que as restrições sejam estendidas ao empresário que alugou uma casa de Regina em São Conrado, o caseiro e uma mulher que frequentava o imóvel. Para ele, "há fortes indícios de que os referidos investigados atuaram contra a vítima e seu patrimônio".

Em relação à curatela, que continua provisoriamente com José Marcos, Lages mencionou o Estatuto do Idoso sob "a condição de vulnerabilidade e risco da vítima, e pelo fato que as violações a seus direitos fundamentais estão sendo perpetrados por José Marcos, curador da vítima até o prezado momento".

Procurada pelo F5, a defesa de José Marcos lamentou a decisão policial e alegou que Regina Gonçalves foi interditada por um juiz, com base em exame realizado por perito nomeado pela Justiça. "Estranhamos que esse laudo não foi impugnado na época. Lamentamos a subversão processual verificada pela aparente necessidade de apelo midiático".

"Regina e família receberam com alívio a decisão da polícia. Confiamos nos resultados das investigações e estamos ainda mais otimistas com relação a curatela dela. O pedido do Poder Judiciário para que haja uma intervenção do Conselho Nacional de Justiça na condução da última decisão é uma vitória", disse o empresário João Chamarelli. Ele é quem fala em nome da família da socialite, que voltou a morar no badalado edifício Chopin, na Avenida Atlântica, vizinho ao Copacabana Palace, no Rio, há três meses.

A ministra Maria Helena Mallmann, da Ouvidora Nacional da Mulher, enviou também nesta quinta-feira (11) ao Conselho Nacional de Justiça um pedido de intervenção na conduta da desembargadora Valéria Dacheux, da 6ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio, em relação à curatela de Regina Gonçalves.

No fim de abril, a magistrada decidiu que a socialite ficasse com José Marcos, apesar da alegação da própria Regina que "estaria sendo mantida em cárcere privado e estaria sendo maltratada fisicamente e psicologicamente".

Entenda o caso

As famílias de Regina e José Marcos brigam na Justiça pela herança de cerca de R$ 500 milhões da viúva do empresário Nestor Gonçalves desde 2016. No início deste ano, o ex-motorista e companheiro da socialite há três anos alegou que ela teve um "surto" e foi à casa do irmão, em Copacabana, onde teria ficado hospedada supostamente contra a sua vontade e pedia o retorno da mulher aos seus cuidados.

Em contrapartida, a família da socialite moveu uma ação contra o homem, acusado de praticar violência psicológica e doméstica, além de ameaça. Ele também é apontado como autor de furtos de joias e outros bens valiosos que integravam o patrimônio de Regina, que não tem filhos.