Defesa de José Marcos apresenta laudo de demência senil e tenta manter curatela de Regina Gonçalves
Medida protetiva foi suspensa por desembargadora, mas voltou a vigorar no mesmo dia
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José Marcos Chaves Ribeiro, o ex-motorista da socialite Regina Gonçalves, a quem ela acusa de roubo e cárcere privado, está brigando na Justiça para voltar a morar com Regina, de quem é tutor legal.
A defesa do motorista obteve na manhã desta sexta-feira (26) uma liminar favorável a ele. A desembargadora Valéria Dacheux, da Sexta Câmara de Direito Privado do Rio de Janeiro, revogou a medida protetiva e manteve a curatela provisória de Regina em favor de Marcos.
Em documento obtido pelo F5, a defesa de Marcos apresentou laudo psiquiátrico de dezembro de 2023 atestando que Regina tem demência senil avançada e déficit cognitivo grave. O psiquiatra Odoroilton Larocca Quinto, contratado pela defesa, assina o laudo.
O laudo diz que Regina tem "absoluta incapacidade de cognição e tomada de decisões e prática de atos da vida civil". José Marcos é representado pelo advogado Bruno Saccani.
Segundo documentos apresentados à Justiça por Saccani, o irmão da socialite, Benedicto Lemos, é quem estaria "se aproveitando" da demência senil de Regina para tentar obter vantagens em cima do patrimônio da idosa.
A própria Regina afirmou porém, em entrevista ao F5, que conseguiu fugir de Marcos após um ano e meio em cárcere privado e que passou os últimos quatro meses se refugiando na casa de Benedicto.
Os documentos apresentados pela defesa afirmam que há "fortes indícios da prática de falsa comunicação de crime e outros delitos, como, por exemplo, sequestro" por parte dos parentes da socialite.
Benedicto é o único irmão vivo de Regina. Dona de um patrimônio que envolve joias, obras de arte, vários imóveis e fazendas no Rio de Janeiro, a socialite não teve filhos e não tem pais vivos. Regina tem 88 anos e é viúva do empresário Nestor Gonçalves, morto em 1994.
MEDIDA PROTETIVA VOLTA A VIGORAR
Na tarde desta sexta-feira (26), o desembargador Antônio Carlos Nascimento Amado, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), determinou que a medida protetiva contra Ribeiro, ou seja, o afastamento do marido, por 250 metros de Regina, continue em vigor.