Você viu?
Descrição de chapéu Todas guerra israel-hamas

Feira de livros na Alemanha cancela entrega de prêmio a escritora palestina

Adania Shibli receberia homenagem pelo livro 'Detalhe Menor'; organização cita a guerra Israel-Hamas como justificativa

Adania Shibli receberia prêmio em Feira de Frankfurt pelo livro 'Detalhe Menor' - Chris Payn/Northern Soul

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, cancelou a cerimônia de entrega de um prêmio à escritora palestina Adania Shibli. Segundo a Litprom, associação literária alemã que organiza o evento, o motivo foi a guerra entre Israel e Hamas, de acordo com comunicado divulgado na sexta-feira (14).

"Devido à guerra iniciada pelo Hamas, que afeta milhões de pessoas em Israel e na Palestina, o organizador Litprom decidiu não realizar a cerimônia de entrega do LiBeraturpreis na Feira do Livro de Frankfurt. A Litprom está procurando um formato e cenário adequados para o evento posteriormente", informa em seu site oficial.

O romance "Detalhe Menor" trata sobre o sequestro e assassinato de uma garota beduína por soldados israelenses em 1949. O livro é dividido em duas partes. Na primeira, Shibli narra os pormenores da captura e morte da jovem beduína. Na segunda, ela descreve os esforços de uma mulher palestina que, décadas depois, decide viajar em busca de mais informações sobre aquele antigo episódio.

A obra concorreu, em 2021, ao International Booker Prize, principal prêmio para literatura não anglófona publicada no Reino Unido, e chegou ao Brasil no mesmo ano pela editora Todavia.

Segundo o jornal The New York Times, a indicação de Shilbi para o prêmio gerou controvérsia no país. Ulrich Noller, jornalista do júri da feira, renunciou ao cargo após o anúncio. Recentemente, um crítico literário do jornal alemão Die Tageszeitung afirma que a obra retrata Israel como assassina.