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Sucesso na internet, a história do arquiteto que trocou de noivo apenas um dia antes do casamento continua rendendo. Desta vez, é Adilson Reis, mais conhecido como Dyl, que dá sua versão. Ele é o rapaz que terminou a relação às vésperas de subir ao altar com Eder Meneghine, 60.
De acordo com o jovem, parte da festa com o noivo substituto, Hugo Oliveira, 44, foi paga por ele. "No momento eu tinha mais dinheiro que ele [Meneghine] na conta, aí dei R$ 16 mil para pagar o casamento de R$ 20 mil que teríamos que pagar para finalizar tudo", afirma ao F5. "Dei quase todo dinheiro que eu tinha na minha conta, que fui arrecadando como fruto do meu trabalho junto a ele."
Para Reis, a relação desandou por causa das constantes discussões do casal. "Nós brigávamos muito, não tinha um momento de paz!", conta. "Um dia antes do nosso casamento, brigamos feio verbalmente. Foi por essa e outras discussões que eu vi que não era a pessoa certa para eu me casar."
Ele diz que estava hospedando familiares na casa em que morava com o arquiteto quando percebeu que essa era a gota d'água. "O que foi o fim, para mim, foi ele arrumar uma briga horrorosa um dia antes do casamento", avalia. "Não respeitou minha mãe aqui! Não respeitou a alegria, o momento especial..."
"Foi aí que percebi a mão de Deus", continua. "Se em um dia que é para ser tão especial ele fez esse estardalhaço, imaginei como seria minha vida dali para frente", revela. "Falei para a minha família que não ia me casar mais, pegamos as nossas coisas e nos retiramos da casa."
Apesar do final repentino, a relação era boa no começo. "Nos conhecemos em um aplicativo de relacionamento e, no primeiro dia, ele já quis me ver", conta. "Fui até ele na melhor das boas intenções, querendo achar alguém que fechasse comigo, que seria meu fechamento. Eu estava disposto ir até onde fosse preciso para encontrar minha metade."
Ele diz que teve uma boa impressão do arquiteto no primeiro encontro. "Foi bem intenso porque eu gostei muito dele, do toque dele, da maneira de conversar... Enfim, é um cara que eu sempre quis ter ao meu lado", revela. "Até pelo fato de ser careca, o que me atrai."
Na época, ele trabalhava entregando marmitas, mas diz que o arquiteto não se importou com a diferença social. "Ele podia esbanjar, mas sempre foi um cara simples, coisa que me fascina", elogia.
Duas semanas depois, veio o convite para morarem juntos. "Eu, como toda pessoa apaixonada, fui", diz. "Larguei toda uma vida estruturada, com trabalho, casa montada... Por mais que fosse tudo simples, eu amava a vida que eu tinha."
Além de dividirem o mesmo teto, eles também passaram a trabalhar juntos. Reis passou a trabalhar como garçom, mas diz que também participava da negociação de eventos organizados pelo então noivo. "Sempre vesti a camisa da empresa dele", afirma.
"Com o nossos trabalhos crescendo, comecei a lucrar junto com ele", lembra. "Ele também me deu alguns presentes, como um telefone e uma scooter elétrica, com a qual eu fazia até entregas dos restaurante dele. Com isso, fui tendo uma renda mensal, que ele ia depositando na minha conta."
O jovem afirma que, antes mesmo se falarem por telefone pela primeira vez, Meneghine já comentava que queria se casar com ele. Porém, o pedido oficial veio um mês e meio após se conhecerem. "Eu aceitei", conta.
"Fomos decidir tudo três dias antes da data de acontecer o casamento pelo fato te nós mais ou menos já saber o que queríamos", afirma. Uma das divergências foi sobre contratar uma garçonete para o evento. "Ele sugeriu que minha mãe me servisse no meu casamento, ele não tem coração", reclama.
De volta à comunidade em que morava em Jacarepaguá (zona oeste do Rio), ele diz que não vai sua forma de ser por causa dessa história. "Sempre fui trabalhador, ele me conheceu trabalhando de entregador de quentinhas, com a camisa toda suada", diz. "Trabalho todos os dias e é dessa maneira que eu sigo levando minha vida, na honestidade e na transparência."