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Pânico, da Jovem Pan, tem pancadaria entre apresentador e comentarista

André Marinho e Tomé Abduch se estranharam ao vivo no programa de rádio

Tomé Abduch e André Marinho trocam socos no programa Panico, da Jovem Pan - Reprodução/Youtube

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São Paulo

Um bate-boca ao vivo terminou em pancadaria no programa Pânico, da rádio Jovem Pan, nesta terça-feira (11). André Marinho, integrante do programa, e Tomé Abduch, um dos convidados da atração, trocaram farpas até que a discussão evoluiu para agressão física.

O desentendimento começou quando Abduch pediu para se manifestar a respeito de uma outra participação recente dele no programa. Na ocasião, Marinho havia dito que ele morava em uma casa que pertencia a João Doria, governador de São Paulo.

Marinho, então, reiterou que o colega moraria em uma casa que pertence ao político e mostrou uma suposta escritura de contrato na tela do celular. "Ele é o maior crítico do cara e ainda desfruta e se lambuza do conforto de uma casa?", questionou. Abduch respondeu: "Eu pago aluguel, a casa está alugada, rapaz!".

Depois, Abduch lembrou que o integrante do Pânico é filho de Paulo Marinho, que foi apoiador de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, mas depois rompeu com o presidente. Segundo ele, Marinho é quem tem "telhado de vidro".

"Eu tenho um pai íntegro, que trabalhou a vida inteira", continuou. "Você tem uma pessoa que traiu o presidente [Jair] Bolsonaro porque não recebeu a boquinha que queria!"

Enquanto ocorria, a discussão foi sendo "narrada" por outros integrantes do programa, que chegaram a inserir vinhetas do Programa do Ratinho ao longo do bate-boca. Na sequência, o tom ficou ainda mais acalorado.

"Não tem conversa com esse cidadão, é um desqualificado", disse Marinho sobre o convidado. "Vem o babaca aqui dizer esses negócios para mim?", respondeu Abduch. "Valeu, chorão!", rebateu o integrante do Pânico. "Chora por político..."

Foi quando Abduch se levantou e foi em direção a Marinho. Os dois começaram a trocar socos e pontapés, com pessoas da produção e membros da bancada tentando separá-los. Nesse momento, o apresentador Emílio Surita pediu a entrada do intervalo comercial.

Ao voltar, ele lamentou o ocorrido. "Eu peço desculpas à nossa audiência, os ânimos se acirraram aqui", disse. "Você sabe que a democracia é ruidosa e, às vezes, a gente perde o controle da situação. Mas está tudo bem. Posso garantir a vocês que está tudo certo, cada um está do seu lado. Depois, evidentemente, vamos conversar com todo mundo fora do ar, fora do calor da discussão."

"Eu fico triste de uma discussão que a gente quer levar bacana ir para o lado pessoal", completou. "Não era o nosso objetivo, mas você sabe como funciona, principalmente nesse momento agora que a gente está vivendo quente, de política."

Esta não é a primeira vez que uma agressão física ocorre na atração radiofônica. Em 2019, o comentarista Augusto Nunes trocou tapas com o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, após o convidado chamá-lo de "covarde" durante participação no programa.