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No Limite: De vermelhidão a inchaço, veja efeitos do sol e como se proteger

Protetor solar é fundamental para evitar os problemas da exposição

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São Paulo

Desde que estreou, no dia 11 de maio, o programa No Limite (Globo) tem sido um dos assuntos mais comentados nas redes sociais devido ao sol forte do Ceará e a reação na pele do apresentador, André Marques, 41, e dos participantes, que chegaram a apresentar vermelhidão e até inchaço pela exposição.

Apesar de a Globo afirmar que os competidores recebem protetor solar, Jéssica Mueller, 30, foi a primeira a despertar a preocupação do público, ao aparecer com o rosto inchado na estreia do reality. Internautas questionaram se ela tinha feito harmonização facial, mas sua equipe explicou nas redes sociais que o inchaço na pele era efeito do sol.

O dermatologista Breno Marques, membro da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), explica que o inchaço na pele de Jéssica é uma resposta inflamatória ao excesso de exposição ao sol. “Ela provavelmente participou de atividades em um ambiente com sol e não deve ter tomado as devidas precauções em relação ao [uso do] protetor solar”.

Breno Marques afirma que as pessoas podem complementar a proteção da pele ingerindo cápsulas de fotoprotetor para evitar queimaduras. “Esses protetores solares via oral não substituem o tópico [de passar na pele], mas ajudam na proteção para evitar exatamente essas queimaduras de primeiro grau, que é a vermelhidão; queimaduras de segundo grau, que são as bolhas; e até as de terceiro grau”.

Segundo o dermatologista, os efeitos mais imediatos do excesso de sol são queimadura e vermelhidão, como visto na participante Iris Stefanelli, 41. Já os efeitos a curto e médio prazo são as manchas de pele escuras e claras, envelhecimento, aparecimento de vasinhos, atrofia na pele, diminuição das camadas de pele até de colágeno e hidratação.

O sol também piora os melasmas, manchas amarronzadas que aparecem debaixo dos olhos ou na testa. Apesar de mais comuns em mulheres, elas atingirem homens também. “O sol piora o melasma e o próprio mormaço, aquele calorzão. [A pessoa] vai para a praia, não ficou no sol, mas pegou o mormaço e piora o melasma”, afirmou André Marques na redes sociais ao aparecer lambuzado de protetor solar.

O dermatologista alerta que o melasma pode piorar inclusive se a pessoa tomar sol apenas no corpo e usar proteção no rosto. Segundo ele, uma mulher, por exemplo, que quer deixar a marca de biquini no corpo pode piorar o problema das manchas no rosto. “É um dilema, a mulher fica com o rosto limpinho sem manchas ou vai fazer a marca de biquini”.

O resultado a longo prazo do excesso de exposição solar é o aumento da chance de ter câncer de pele, o que não se aplica aos participantes do reality que ficarão aproximadamente quatro meses na praia no Ceará. “Câncer de pele não é [resultado da exposição solar em] curto período, é o sol acumulativo da vida toda e a gente tem que ver os fatores precipitantes. Geralmente, as pessoas de pele mais clara têm maior predisposição a ter câncer de pele”, esclarece o dermatologista.

Por isso, a prevenção com protetor solar é fundamental para evitar os efeitos nocivos do sol na pele. Breno Marques diz que mesmo os participantes do No Limite, que ficam horas na praia realizando provas, podem se proteger utilizando o protetor solar e com a reaplicação depois de duas horas.

O FPS (Fator de Proteção Solar) recomendada pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) é de no mínimo 30, mas para peles claras o ideal é a partir de 50. O protetor deve ser aplicado 30 minutos antes da exposição solar e reaplicado a cada três horas.

No entanto, se a pessoa tiver transpiração excessiva, exposição solar prolongada ou entrou na água deve fazer a reaplicação a cada duas horas e na quantidade necessária. “Existe uma quantidade necessária de protetor solar para passar em cada região, como por exemplo no rosto tem que colocar uma colher de chá em toda face”, recomenda o dermatologista.

Breno Marques afirma ainda que existem protetores solares ideais para quem faz mergulho ou nada no mar e rios. Nestes casos, o dermatologista orienta o uso de um protetor solar com aderência maior e resistência à água. “São mais indicados inclusive aqueles protetores solares em bastão que aderem melhor à pele”.

Outra dica do médico é fazer uso de barreiras físicas, como roupas, chapéus e óculos de sol. “Também pode utilizar aquelas roupas que protegem contra os raios UVA [ultravioleta A] e UVB [utravioleta B, que provocam queimaduras na pela]. Existem camisas de manga longa, calças e bonés que ajudam a proteger [do sol]”.


Quantidades exatas de protetor solar que devem ser aplicadas no corpo:

- Rosto, cabeça e pescoço: 1 colher de chá de filtro solar;
- Frente e parte traseira do dorso: 2 colheres de chá de filtro solar;
- Braços e antebraços: 1 colher de chá de filtro solar;
- Pernas: 2 colheres de chá de filtro solar.