Dennis Carvalho fala sobre demissão da Globo: 'Merecia um pouco mais de respeito'
Ex-diretor diz que nova política da emissora é 'injusta' e guarda mágoa pela forma como foi comunicado de sua saída por Ricardo Waddington
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O ano de 2022 foi um dos períodos mais difíceis para Dennis Carvalho, 75. Além do diagnóstico de uma pneumonia extensa, que se tornou uma septicemia (infecção generalizada) e o deixou entre a vida e a morte, em dezembro, o diretor foi demitido da Globo três meses antes, no mês de setembro.
Foram 47 anos na emissora e, apesar de revelar que no fundo estava se preparando para um possível desligamento da casa, ele ficou decepcionado com a sua saída. "Merecia um pouco mais de respeito", contou em entrevista à Veja.
Dennis admitiu que guardou uma certa mágoa com o anúncio de sua demissão. "A questão foi quem e como me comunicaram que eu não era mais útil. O Ricardo Waddington [então diretor dos Estúdios Globo], que foi meu assistente e aprendeu muito comigo, me chamou na sala e disse: 'Nós não vamos renovar seu contrato, querido. Preferimos te chamar por obra certa, tá bom?'. O que me restava responder? 'Tá bom', falei, e saí".
O ator e ex-diretor de novelas como "Dancin’ Days" (1978) , "Vale Tudo"(1983) e "Celebridade" (2003) criticou a nova política da Globo de contratação por projeto. "Acho precipitada e injusta. Eles deveriam encontrar um meio-termo, no lugar de perder tanta gente boa. Também não considero correto alguém passar três anos sem trabalhar, como acontecia com alguns contratados. Mas, no meu caso, sempre produzi", lamentou.
Dennis reconheceu que sente saudade de trabalhar e revelou também que aceitaria voltar à Globo, desde que o contrato por obra seja interessante. Ainda se recuperando da doença, ele disse que não pensa em aposentadoria. "Sempre gostei de me reinventar e tenho muito gás, muita lenha para queimar. Quero morrer trabalhando".