Televisão

Flávia Alessandra diz que artistas devem ser resilientes: 'Longa estrada'

Atriz descarta retorno rápido das atividades artísticas com a pandemia

A atriz Flávia Alessandra - Vinicius Mochizuki

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

As atrizes Grace Gianoukas, 57, e Flávia Alessandra, 46, de "Salve-se Quem Puder", (Globo) destacaram a importância da arte durante a pandemia e, ao mesmo tempo, lamentaram como muitos trabalhadores do setor vêm sofrendo por causa das paralisações dos teatros, dos shows ao vivo e outras produções.

Gianoukas, que faz o papel de Ermelinda na trama, afirmou se sentir privilegiada por poder trabalhar na trama da Globo durante o período. Ela afirmou que viu muitos colegas tendo de vender casa e carro para poder sobreviver. "Eu sei de casos de pessoas, como técnicos de som e outros, que não tinham mais para aonde ir e foram morar embaixo de ponte, em ocupação e coisas desse tipo."

"A situação da nossa classe é muito delicada", completou. Contratada por obra pela Globo, Gianoukas agradeceu e destacou a ação da emissora de manter os atores e os técnicos que trabalham atrás das câmeras contratados até que as gravações fossem retomadas.

Em conversa com jornalistas sobre a novela nesta terça (11), Gianoukas disse acreditar que a situação só comece a se estabilizar para o setor, especialmente o teatro, em 2024. "Até que a pandemia seja controlada, até ter uma retomada econômica, nós vamos ser prejudicados. Nosso caminho é TV, streaming e internet."

Apesar de tudo, ela afirmou que os artistas vão seguir com a missão de levar alegria, emoção e entretenimento. "Como dizia Alcione, 'não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar'. Seguiremos de pé. Porque parafraseando Paulo Gustavo, o humor é resistência, a arte é resistência, e está provado que o mundo precisa de arte em um momento tão difícil."

Flávia Alessandra concordou e acrescentou que a classe artística "vem sendo muito esmagada"."E ironicamente a certeza que tivemos durante a pandemia é que foi a arte que salvou a gente. Foram os livros, as séries, os filmes, as novelas, os shows em live. Foi isso que ajudou a manter o prumo da nossa cabeça, do nosso psicológico."

A atriz também diz não ver "um caminho iluminado e resolutivo para um amanhã". "Eu vejo ainda uma longa estrada para a gente se restabelecer, e vejo essa necessidade nossa de resistência cada vez mais. Mas espero que, talvez, exista o entendimento da nossa sociedade do quanto se faz importante a nossa profissão, do quanto é importante a nossa arte para uma sociedade inteira. Tomara."

CAPÍTULOS INÉDITOS

A partir da próxima segunda (17), a Globo exibe os capítulos finais e inéditos de "Salve-se Quem Puder". A trama de Daniel Ortiz ganha cinco novos personagens nesta fase, interpretados por Babu Santana, Rodrigo Simas, Sophia Abrahão e Gabriela Moreyra.

Os 53 episódios finais já estão todos gravados. As filmagens foram realizadas no segundo semestre de 2020, seguindo os protocolos de segurança contra a Covid adotados pela Globo.

Será a única novela inédita da emissora no ar. Na história, Alexia (Debora Secco), Kyra (Vitória Strada) e Luna correm grande perigo nas mãos de Dominique (Guilhermina Guinle), principalmente após a descoberta de que Luna, uma das testemunhas do assassinato do juiz Vitório (Ailton Graça), em Cancún, está viva.

A vilã inicia uma caçada implacável para evitar que seja denunciada para a polícia. Mais do que nunca, ela precisa terminar o ‘serviço’ a pedido de Hugo (Leopoldo Pacheco), o chefão da organização.