Vilã de 'A Dona do Pedaço', Nathalia Dill diz que Fabiana instiga o público e se diverte com os memes
Atriz faz sucesso com a dúbia e manipuladora Fabiana, a ex-noviça
De memes engraçados a análises sobre a conduta da personagem, a vilã Fabiana (Nathalia Dill), de “A Dona do Pedaço” (Globo), está dando o que falar na internet. Um dos questionamentos do público e de parte da crítica é se a personagem não é esperta demais para ter sido criada por freiras.
Durante entrevista realizada nos bastidores da gravação da novela, a atriz dá sua opinião: "Gente, ouvimos histórias do Vaticano e de vários lugares. Nenhum lugar é isento de todas as perversidades humanas”. E acrescenta: "Se ela tivesse aquele estereótipo de ter crescido em um orfanato, talvez as pessoas não tivessem se chocado tanto, porque tem uma coisa talvez ali do abandono. No convento também tem o abandono da mãe, um isolamento."
A intérprete de Fabiana diz que se diverte com os memes que viralizam na web –os quais, segundo ela, têm gerado bastante engajamento de seus seguidores. "É a primeira vez que tenho visto isso. Tenho repostado e tenho tido muito envolvimento. Agora não tem mais likes [no Instagram] né, então a gente vê pelo número de comentários."
O palpite da atriz sobre o que fez Fabiana ser abraçada pelo público é a dubiedade da vilã. "Ela desperta sensações conflitantes no espectador, que não sabe se odeia, se ama, se ri… É divertido", afirma Dill, que faz pela primeira vez uma personagem do autor Walcyr Carrasco.
“Acho que o fato de ela ser freira e ser vilã instiga o público (...) E como o Agno [Malvino Salvador] também é perverso, ela acaba virando meio heroína, porque acaba passando a perna em outro vilão. Então, causa essa sensação dúbia.”
Diferentemente de Fabiana, que tem inveja da irmã Vivi Guedes (Paolla Oliveira), Dill é daquelas que defende a união entre as mulheres: “Eu sempre fui da inclusão. Nunca curti muito essa coisa da disputa. Isso nunca me fez crescer.”
A atriz afirma ainda que acredita que o perfil ganancioso e vil de Fabiana –que é o oposto da irmã, Vivi–, podem ser não somente resultado de uma trajetória de vida, mas também de sua própria índole. "Acho que ela sente o abandono de uma forma muito mais brutal. Talvez se ela tivesse sido criada pelos pais da Vivi, ainda assim fosse essa pessoa perversa, e a Vivi fosse alguém bondosa. É algo de personalidade."