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Podcast Humor Globo sonha entrevistar Adnet; apresentadores se dizem precursores com projeto

Podcast recebe comediantes e pessoas de outras vertentes para falar de comédia

Da esq. para dir. Vinicius Antunes, Tatá Lopes, Celso Taddei, Renata Andrade - Leonardo Volpato
São Paulo

O podcast tem feito sucesso nas plataformas digitais. E a Globo também tem investido em um: o Podcast Humor Globo, que meses atrás era dedicado apenas ao programa Zorra.

“Primeiro Fomos tendo sinal verde para ter uma comunicação do Zorra com a internet. Mas a coisa foi crescendo e o potencial era enorme. Um tempo depois já estávamos abordando todo o humor da emissora.”, relata Celso Taddei, um dos apresentadores ao lado de Renata Andrade, Vinicius Antunes e Tatá Lopes.

A estreia da nova temporada, com comédia mais abrangente, foi com Fábio Porchat. O programa, assim como todos os outros, podem ser ouvidos no GShow e em plataformas digitais, todas as sextas-feiras.

"Aumentou nosso número de ouvintes, abordamos um tipo de público maior", analisa Tatá. “Nós somos os precursores de podcast na emissora. Quando começamos era tudo mato. E depois que deu certo surgiram outros na Globo”, comemora ela.

Para 2020, a ideia é continuar expandindo conteúdo. E já há muitos entrevistados definidos. Dentre eles os atores novos que estão entrando no Zorra, além de Monique Alfradique, Diogo Vilela, Marisa Orth, dentre outros. Além de humoristas, há a preocupação do podcast em entrevistar pessoas que não necessariamente lidem com comédia no dia a dia, mas que tenham uma visão sobre o tema. Dentre eles, pastores, por exemplo, para saber a visão de um religioso do humor.

“Pretendemos fazer programas de temas também: comédia romântica, esquetes, enfim, podcasts que sejam baseados em assuntos e não só em pessoas”, adianta Renata sobre os planos para o próximo ano.

Na mesa, cada um dos apresentadores tem uma postura e uma vivência diferentes que acrescentam. Celso é o mais intelectual, enquanto Vinicius gosta mais de um humor popular. Renata e Tatá focam bastante em achar bons personagens para as entrevistas e lidam bem com improvisos. Tatá diz que adora aprender com os convidados mais inteligentes.

“Queremos entrevistar o Marcelo Adnet. Ele trabalha no andar de baixo de onde nós ficamos, mas até hoje ele não subiu a escada”, brinca Celso. “Mas também queremos entrevistar a Gretchen e o Sérgio Mallandro. Gosto dos personagens ‘freak’”, ri Vinicius.

E se a Globo dá todo o respaldo e a liberdade para que eles falem “as maiores besteiras”, segundo Celso, os internautas com sua boa repercussão do conteúdo ajudam a dar fôlego ao projeto. Talvez seja pelo jeito informal com o qual cada um toca os assuntos e os debates. “É uma mesa de bar que alguém está gravando. Não pode ser uma simples entrevista. A gente quer bater um papo. Queremos o convidado à vontade”, reforça Antunes.

“A gente gosta de falar sobre comédia e às vezes fazer comédia. A gente ri muito e se diverte no ar. Fica um clima bem alegre”, explica Celso.

Dos episódios mais legais, os apresentadores lembram dos que mais valem a pena serem ouvidos. “O episódio de Lúcio Mauro Filho é ótimo, ele é um bom contador de histórias. Tem um do Zéu Britto e outro legal do Jefferson Schroeder, um imitador de primeira”, comenta Tatá.