Eurovision: Vocalista do Måneskin não usou drogas, diz laudo
Damiano David foi acusado de cheirar cocaína durante festival
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O vocalista Damiano David, da banda italiana de glam rock Måneskin, que venceu o concurso de música Eurovision deste ano, passou em um teste de drogas provando que não usou substâncias ilegais no evento do fim de semana, disseram os organizadores nesta segunda-feira (24).
A União Europeia de Radiodifusão (EBU, na sigla em inglês) disse ter feito uma revisão completa do que aconteceu no sábado (22) depois que alguns espectadores pensaram que as filmagens mostravam Damiano David cheirando cocaína enquanto esperava o anúncio do vencedor.
Ele negou e disse que estava apenas limpando um copo quebrado debaixo da mesa. Aos repórteres, no domingo (23), ele disse que era contra as drogas e se ofereceu para fazer um teste de drogas. A EBU informou que o resultado foi negativo.
“Não houve uso de drogas na Sala Verde e consideramos o assunto encerrado”, disse a EBU em comunicado.
“Estamos alarmados que especulações imprecisas que levam a notícias falsas ofuscaram o espírito e o resultado do evento e afetaram injustamente a banda”, acrescentou. “Queremos parabenizar mais uma vez Måneskin e desejar-lhes muito sucesso.”
FESTIVAL
Programado para maio do ano passado, o 65ª Eurovision estava praticamente pronto quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou a pandemia do novo coronavírus. Mas a organização do festival não teve opção. Naqueles primeiros meses ainda sabíamos pouco sobre a Covid-19, e a vacina estava a meses de distância.
Neste sábado (22), o evento concluiu sua edição de 2021 na mesma cidade em que deveria ter acontecido em 2020 —Rotterdam, na Holanda— com vários dos artistas que deveriam ter competido no ano passado e a pompa e circunstância de sempre. Ou quase.
Outro aspecto positivo é a diversidade. Quem diria que países tão brancos como a República Checa, a Suécia, a Holanda ou Israel seriam representados por artistas negros? Sem falar na fechação explícita da banda Roop, da Lituânia, ou do cantor Gjon’s Tears, da Suíça, que lembrava uma versão afeminada de k. d. lang.
O anúncio do resultado foi eletrizante. De uns anos para cá, primeiro são divulgados os pontos atribuídos pelos júris dos países concorrentes e só depois se adicionam os votos do público. Desta vez, Suíça e França dispararam na frente só para serem atropeladas pela Itália na contagem final. E o Reino Unido, coitado, sofreu a humilhação de levar um total de zero pontos, tanto dos júris nacionais quanto do público.
"Zitti e Buoni", da banda Måneskin, confirmou as previsões das casas de apostas que a apontavam como a grande campeã. A canção, que já tinha vencido o tradicional Festival de Sanremo, em fevereiro passado, não tem nada de memorável. Mas é um jorro de energia num ano que está sendo especialmente difícil. Só Deus sabe como estávamos precisando de um rock pesado cantado em italiano.
As duas semifinais e a grande final do Eurovision 2021 podem ser vistas na íntegra no YouTube, no canal Eurovision Song Contest.